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Nem houve muito tempo para festa. No dia seguinte à vitória heroica sobre o Japão, José Roberto Guimarães reuniu toda a equipe na mesma quadra em Apeldoorn. E falou. Muito. Foram 40 minutos de conversa e orientações. A cabeça, naquele momento, já estava voltada para o reencontro contra a Itália nesta quinta-feira. As duas equipes fazem a semifinal do Mundial feminino às 15h (horário de Brasília), com transmissão do sportv2 e cobertura completa do ge em tempo real.
Na busca de seu primeiro título mundial, o Brasil volta a encontrar o maior favorito à conquista. Na segunda fase da competição, a seleção brasileira levou a melhor contra as rivais. Agora, espera repetir o resultado para garantir um lugar na decisão. O vencedor vai encarar a Sérvia, que bateu os Estados Unidos na outra semifinal.
No treino após a vitória sobre o Japão, Zé Roberto poupou Gabi, Carol e Carol Gattaz, as únicas titulares que atuaram em toda a partida contra as asiáticas. Na conversa com o grupo, tentou mostrar que é preciso ir além para voltar a vencer a Itália e seguir na luta pelo título.
- Era dia mais de conversa do que treino. Primeiro, catabolismo geral. Cortisol para todo lado. Dor. Você sai de um 3 a 2 e não tem como não ter dor. É mais uma conversa para a gente entender por que sofreu tanto contra o Japão, o nosso futuro e o que precisamos buscar para evoluir. A lição que nós tomamos do Japão nos dois primeiros sets. É muito legar ter esse parâmetro para o futuro. Isso tem de ficar como aprendizado.
Mais experiente do grupo, Carol Gattaz concorda com o técnico. A central diz que o feedback é importante para que a seleção consiga evoluir para os próximos jogos.
- Acho que ele deu um alerta legal para gente. Tudo é válido se a gente levar em consideração que precisa aprender – e muito. Foi o que ele mais falou. O jogo contra o Japão foi incrível, mas elas deram uma aula. Temos de sair de cabeça erguida, claro, porque ganhamos. Mas também temos de nos preocupar. Ver o que precisamos melhorar. A gente nunca pode se acomodar. Temos sempre de dar um passo acima.
O técnico não demorou a mudar o foco. Logo após a partida, Zé e Paulo Coco, auxiliar, analisaram vídeos com as partidas do Brasil e da Itália. Agora, diz o treinador, é hora de ter muita atenção contra as italianas, atuais líderes do ranking e campeãs da Liga das Nações.
- É importante virar a situação para a Itália o mais rápido possível e não ficar remoendo aquilo que foi errado. Lógico. Se cobrar, ficar atento para não acontecer novamente. A Itália joga de forma diferente do Japão. Tem como jogadora de escape a (Paola) Egonu, uma das melhores atacantes do mundo. Temos de ter uma atenção muito grande com ela, mas não só com ela. Porque as outras jogadoras italianas também são de muita qualidade.
Egonu, porém, esteve em meio a uma polêmica durante as últimas semanas. Em vídeo divulgado no dia seguinte à vitória do Brasil na segunda fase, a oposta reconheceu os méritos das brasileiras. No entanto, afirmou que a queda só aconteceu por conta dos erros da própria seleção italiana. A declaração não pegou bem nas redes sociais. Ela chegou a procurar o treinador para pedir desculpas. Mas o Zé Roberto concordou com a rival.
- Ela tem razão no que ela falou. A quantidade de erros que a Itália cometeu contra a gente foi excessiva. E foi essa a razão. Nós jogamos bem, mas a Itália cometeu um número de erros muito grande. A gente sabe da qualidade da Itália, do poderio do ataque, da qualidade das jogadoras. Eu tenho dito que a Itália é o melhor time do Mundial, é a grande favorita ao título – disse.
Números de Brasil x Itália
Número de jogos: 78
Vitórias do Brasil: 60
Vitórias da Itália: 18
Brasil e Itália têm um retrospecto recente equilibrado. Nas últimas dez partidas entre as seleções, foram seis vitórias do Brasil e quatro da Itália;
Esse será o quinto jogo entre Brasil e Itália na história dos Mundiais. Nos confrontos anteriores, foram quatro vitórias do Brasil e apenas quatro sets vencidos pela Itália:
- 3x0, em 1990 (15/5, 15/4 e 15/11);
- 3x0, em 2010 (25/16, 25/19 e 25/7)
- 3x2, em 2014 (25/15, 25/13, 22/25, 22/25 e 15/7) - disputa do 3º lugar;
- 3x2, em 2022 (25/20, 22/25, 22/25, 25/21 e 17/15).
Esse é apenas o 2º jogo eliminatório entre Brasil e Itália na história dos Mundiais. Até aqui, na única oportunidade, vitória do Brasil por 3x2, na disputa pelo 3º lugar em 2014.
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