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GERAL Domingo, 09 de Agosto de 2020, 12:26 - A | A

09 de Agosto de 2020, 12h:26 - A | A

GERAL / DIA DOS PAIS

Pai solteiro conta como sua vida mudou e o quanto isso valeu a pena

Euziany Teodoro
Única News



Aos 28 anos de idade, em 2015, o radialista cuiabano Abraão Ribeiro viu sua vida mudar. Até então casado e pai de um menino de 1 ano e 11 meses de idade, o relacionamento acabou e ele assumiu sozinho a criação de Abrahim Ribeiro, hoje com 7 anos.

“Eu me tornei pai solteiro quando Abrahim tinha 1 ano e 11 meses, quando a mãe dele e eu nos separamos ele ficou na minha casa. Tínhamos um acordo e ele ficou comigo. De lá pra cá, a minha vida mudou completamente. Grandes desafios, uma criança pequena dentro de casa, eu trabalhava o dia inteiro, praticamente. Tive um grande apoio da minha mãe, se não fosse a minha mãe, eu não sei como seria isso, mas eu consegui”, conta, orgulhoso.

Ao Única News, falou sobre a proximidade que tinha com o filho desde antes do nascimento, quando ainda estava no ventre da mãe.

Arquivo pessoal

Abraão Ribeiro e Abrahim

 

“Eu já tinha uma grande proximidade com ele, desde a barriga, pois sempre fui louco por essa criança, desde o primeiro momento que fiquei sabendo que seria pai. Então, sempre tive uma ligação muito forte com ele. Quando eu chegava em casa, enquanto a mãe dele ainda morava comigo e tinha aquele barrigão, ele escutava minha voz e já mexia na barriga, mostrava o pezinho, enfim. A nossa proximidade, a nossa ligação, sempre foi muito grande. Foi uma ligação de Deus mesmo”.

Ele acompanhou cada passo, cada palavra, todas as “primeiras vezes” de Abrahim. Para isso, abriu mão de coisas que fazia e se dedicou um ano inteiro ao filho. Decisão que, segundo ele, não foi por obrigação, mas por amor.

“Praticamente um ano da minha vida, eu fiquei me dedicando só a ele. Eu saía do trabalho para casa, de casa para o trabalho. Não tinha vida social, não tinha nada e não quis que isso fosse uma obrigação: eu não sentia vontade. Toda minha dedicação era exclusiva para ele, voltar para ele e isso me satisfazia, eu gostava disso e foi muito bom poder acompanhar todo esse processo de crescimento dele. Foi muito bom acompanhar os primeiros passos, as primeiras palavras, tudo. Realmente eu sou agraciado por Deus, sou um agraciado por que eu tive a oportunidade e estou tendo, ainda, essa graça de poder acompanhar todos os dias a evolução desse menino.”

Hoje com 34 anos, Abraão se reinventou, tendo em vista que tudo o que faz, se torna exemplo para o filho.

Arquivo pessoal

Abraão Ribeiro e Abrahim

 

“Eu tive que melhorar muitas coisas, porque antigamente eu levava uma vida de solteiro. A minha única preocupação era comigo mesmo e mais nada. Então, a partir do momento que eu tive essa vida dentro de casa, tive que mudar algumas coisas e estão mudando ainda, porque a gente sempre está em evolução. Já mudei bastante por causa dele e ele, na verdade, é o exemplo que eu precisava. Abrahim, essa força motora que faz com que eu sempre mude. Eu lembro muito bem que, antes dele, eu adorava correr de carro, adorava alta velocidade. Eu tranquilamente colocava 180km/h, 190km/h numa BR. Hoje eu não faço mais isso, principalmente se ele estiver no carro. Eu não corro mais, ando dentro do limite, porque tenho que me preservar para ele e não quero que nada aconteça com ele também. Então, muitas coisas mudaram”, conta.

Ele tem educado Abrahim para se tornar um homem honesto e justo, respeitando a diversidade e as diferenças entre as pessoas.

“Eu só espero que no futuro ele seja um cidadão de bem. Estou preparando ele para isso. Uma coisa que eu não uso é de falsa modéstia, dizendo que não sou um bom pai. Eu procuro ser um bom pai, sim, procuro ser um bom exemplo e estou preparando ele para ser um bom homem. Quero que seja um homem de caráter, um homem honesto e responsável, que respeite a diversidade, respeite as diferenças, que seja um homem que possa incluir à sua volta pessoas das mais diferentes classes sociais, credos, enfim. Nós não somos nada perante Deus, nós somos um grão de areia nesse vasto universo, então estou preparando ele e tenho certeza que Deus está me iluminando, me ajudando nesse caminho”.

Para o futuro, ele espera que Abrahim assuma suas responsabilidades, assim como ele próprio o fez, tornando-se um homem de caráter e brio.

Arquivo pessoal

Abraão Ribeiro e Abrahim

 

“Que ele seja um grande homem, independente da profissão que escolher. Se for faxineiro a Presidente da República, isso não me interessa. O que me interessa é que ele seja um grande profissional, um bom profissional na sua área, que seja um bom homem para sua futura família, um bom homem para o país. Que ele possa ser responsável por tudo aquilo que faz e seja um homem de brio, de caráter, que é o que está faltando hoje em dia: homens de caráter e brio, que sejam responsáveis pelos seus atos. Se ele for pai um dia e passar pela ideia dele de recusar o filho ou tentar relegar o seu próprio sangue, ele me terá como exemplo e verá que isso é errado. O certo é assumir suas responsabilidades”, concluiu.

Abrahim também falou com nossa reportagem e, com seu jeitinho de criança, mostrou o quanto ama o pai.

“Oi! Meu nome é Abrahim. Meu pai é maravilhoso! Eu amo meu pai, porque ele me ensina tudo na vida!”

Ouça:

 

Arquivo pessoal

Abrahim Ribeiro

 

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