Christinny dos Santos
Única News
O menor de 14 anos que matou os pais e o irmão de 3 anos no Rio de Janeiro, para ficar com a namorada, uma adolescente mato-grossense de 15 anos, publicou a foto da família morta no Instagram. A menina acompanhou o crime em tempo real e classificou como "nojenta" a imagem dos três mortos sobre a cama.
O triplo homicídio aconteceu no dia 21 de junho, após os pais do menor não deixarem que ele viajasse para Mato Grosso para conhecer a namorada. Irado, ele pegou a arma do pai e atirou contra as três vítimas, enquanto dormiam. Após as mortes, ele jogou os corpos dentro da cisterna da casa para ocultar os cadáveres. A avó do infrator registrou o desaparecimento da família, localizada quatro dias depois.
A menor de Água Boa foi identificada e ouvida pela Polícia Civil de Mato Grosso. Durante as investigações, as autoridades concluíram que a dupla planejou o crime em detalhes e antecipadamente. Em depoimento, ela confessou ter acompanhado em tempo real, através de mensagens e áudios, que acontecia pela rede social Instagram, onde o infrator mantinha um perfil sob nome John Wick — personagem de filme que leva seu nome e acompanha a história de um ex-assassino forçado a voltar ao submundo do crime que havia abandonado.
De acordo com o delegado Carlos Augusto Guimarães, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, durante a troca de mensagens, o menor contou para a namorada que, por conta própria, os pais tomaram remédio para dormir e estavam "até roncando", então não teriam chance de defesa. Quando os dois estavam prontos, a menina começa uma contagem regressiva mandando mensagens seguidas uma da outra “10”, “9”, “8”…, até o infrator disparar o tiro contra o pai. Em seguida, ele matou a mãe e depois o irmão. Os dois adultos foram mortos com um tiro na cabeça e a criança foi baleada no pescoço.
Então, o infrator então publica a foto dos pais mortos. “Em seguida, há uma postagem de foto da família morta na cama logo após os disparos. [Isso] sugere enorme frieza do atirador, que afirma ter tido muito sangue-frio e feito por amor a outra adolescente. A adolescente diz ter sentido nojo ao ver os corpos e informa a necessidade de utilização de luvas para tocar nos cadáveres”, revela o delegado.
O menor diz que não tem luvas, mas reponde a namorada dizendo que vai improvisar. Na sequência ele jogou um produto de limpeza no chão e arrastou os corpos pela casa até a área de serviço, onde fica a cisterna em que foram encontrados.
O namoro
Os dois menores namoravam pela internet há seis anos. Eles se conheceram jogando Fortnite, mas nunca havia se encontrado, pois ele morava em Itaperuna, no Rio de Janeiro, e ela no município de Água Boa, em Mato Grosso. Quando começaram a planejar o encontro o menor não obteve aprovação dos pais, então o casal passou a planejar a morte da família para o adolescente pudesse se mudar para o município mato-grossense onde trabalharia em um mercado para se sustentar.
Antes que o plano pudesse ser concretizado, porém, a polícia localizou os corpos da família do adolescente, dada como desaparecida pela avó paterna. Já apreendido pela suspeita de ter assassinado os pais e o irmão, o menor confessou o crime e alegou a adolescente teria dado um ultimato para que os dois se conhecessem pessoalmente.
Apreensão da menor mato-grossense
Identificada, a adolescente foi ouvida pela Polícia Civil de Mato Grosso e, em seu depoimento à polícia, ela confessou ter acompanhado em tempo real, através de mensagens e áudios. Depois dos assassinatos, a adolescente disse estar orgulhosa que o namorado tenha feito isso “só para ficar com ela”, chegando a brincar dizendo: “Nunca pensei que alguém faria isso por mim”. Eles também discutiram várias formas de se desfazer dos corpos. Por fim, o garoto jogou os corpos dos pais e do irmão em uma cisterna.
Após o crime, os dois continuaram trocando juras de amor e fazendo brincadeiras por mensagens.
A menor foi apreendida, acusada de ter incentivado o namorado, de 14 anos, a cometer os crimes, e será transferida para o Centro de Atendimento Socioeducativo Feminino (Case Feminino), em Cuiabá — o antigo Pomeri.
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