Ari Miranda
Única News
O caminhoneiro Regivaldo Batista Cardoso e a sogra dele, Soeli Fava Calvi, entraram com uma ação judicial cobrando indenização de R$ 40 milhões ao Estado de Mato Grosso, em razão do crime que ficou conhecido nacionalmente como “Chacina de Sorriso” e que vitimou a esposa do motorista, Cleci Calvi Cardoso (46), e as três filhas do casal: Miliane (19), Manuela (13) e Melissa Calvi Cardoso (10).
O crime bárbaro aconteceu na noite de 24 de novembro de 2023, dentro da casa da família, no município de Sorriso (397 km de Cuiabá). Cleci e suas filhas foram assassinadas pelo pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos (32). Ele trabalhava em uma obra vizinha à casa onde cometeu o crime.
O assassino era foragido da Justiça por outros crimes – sendo um deles o homicídio do jornalista Osni Mendes, ocorrido em dezembro de 2013 no sudoeste de Goiás. No requerimento de indenização, a defesa aponta negligência e omissão por parte do Estado em relação ao criminoso, que deveria estar preso há anos.
"Nenhum valor será capaz de trazer Cleci, Miliane, Manuela e Melissa à vida, mas o Estado deve ser responsabilizado para que nunca mais uma família sofra o peso de um ato negligente e omisso", escreveu o advogado Conrado Pavelski, em nota pública para a sociedade e imprensa, divulgada no Instagram.
O pedreiro confessou ter matado mãe e filhas e detalhou o massacre. Por trabalhar em uma obra ao lado da residência da família Cardoso, o assassino ficou observando a rotina da família para cometer o crime, invadindo a casa pela janela do banheiro.
No local, os agentes encontraram Cleci, Miliane, Manuela mortas com sinais de estupro e os pescoços degolados. A filha caçula, Melissa Calvi foi única vítima não estuprada pelo pedreiro, que a matou asfixiada com um travesseiro.
Na denúncia apresentada pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), além da qualificadora de feminicídio, já que os crimes foram praticados com menosprezo e discriminação à condição de mulher, os quatro homicídios também foram cometidos de forma cruel, com a utilização de recurso que dificultou a defesa das vítimas, para assegurar a execução e garantir a impunidade de outro crime; e dois crimes contra menores de 14 anos de idade.
Além disso, o MP também imputou uma causa de aumento de pena, pois os crimes foram praticados na presença de ascendente e descendente das vítimas.
Gilberto deve passar pelo banco dos réus, no Tribunal do Júri. O criminoso encontra-se preso no Raio 8 (isolamento) da Penitenciária Central do Estado (PCE), onde aguarda o julgamento.
Reprodução/Internet

Local do crime.
CRIME BÁRBARO
Cleci, Miliane e Manuela Calvi Cardoso (13) foram atacadas, estupradas e mortas pelo pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos (32), entre a noite do dia 24 de novembro do ano passado e a madrugada do dia 25 (sexta para sábado). O criminoso trabalhava em uma obra vizinha ao local do crime.
Além de Cleci e das filhas mais velhas, a filha caçula de Regivaldo e Cleci, Melissa Calvi Cardoso (10), também morreu na barbárie, sendo ela a única vítima que não foi estuprada pelo pedreiro, que a matou asfixiada com um travesseiro.
Os corpos, no entanto, só foram encontrados na manhã de segunda-feira (27/11) por agentes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. Gilberto Rodrigues foi preso trabalhando normalmente na obra, minutos após os corpos serem encontrados. Ele confessou a autoria da chacina e se entregou à Polícia.
Com ele, foram apreendidas as roupas íntimas que as vítimas usavam no dia do crime, as quais ele levou como “troféus” do crime.
(Reprodução/Montagem/Única News)

No detalhe, o jornalista Osni Mendes, morto por Gilberto dos Anjos, o "maníaco de Sorriso", em dezembro de 2013.
MORTE DE JORNALISTA
Gilberto chegou a ser preso no ano de 2013 pelo assassinato do jornalista Osni Mendes, ocorrido em 22 de dezembro daquele, em Mineiros, sudoeste goiano. Na ocasião, Osni foi morto enforcado, após ficar desacordado em uma luta corporal com o assassino.
Conforme informações contidas no inquérito da Polícia Civil de Goiás, o jornalista conheceu Gilberto na madrugada de 22 de dezembro de 2013, em um bar da cidade de Mineiros. Eles teriam começado a conversar, até que Osni ofereceu uma carona ao pedreiro para irem até outro bar. Gilberto aceitou o convite e os dois entraram no carro da vítima.
Durante o trajeto, o jornalista parou o carro, alegando que iria fazer xixi e disse a Gilberto que também descesse do veículo para esticar as pernas.
Quando os dois estavam fora do carro, Osni tentou beijar Gilberto à força, momento em que o pedreiro reagiu empurrando e dando socos no rosto do comunicador. A partir daí, os dois homens entraram em luta corporal, até que o criminoso nocauteou a vítima e, aproveitando que o homem estava desacordado, arrancou sua camisa e o enforcou até a morte.
Após o crime, Gilberto fugiu do local com o carro de Osni e se escondeu em uma região de chácaras na zona rural de Mineiros, chegando inclusive a utilizar o veículo para ir à cidade comprar cerveja. Em uma dessas ocasiões, ele foi preso, cinco dias depois do crime.
Gilberto permaneceu preso por mais de 160 dias. Mas, em junho de 2014, conseguiu na Justiça um relaxamento da pena, por conta do excesso de prazo na conclusão do inquérito policial, foi liberado da cadeia. Quando estava em liberdade, ele foi intimado para prestar esclarecimentos, mas já havia foragido.
ESTUPRO DE VIZINHA
Segundo a Polícia Civil, no dia 17 de setembro do ano passado, Gilberto cometeu um novo crime contra uma vizinha, no bairro Rio Verde, em Lucas do Rio Verde (332 Km de Cuiabá). Na ocasião, o pedreiro estuprou e tentou degolar a vítima, porém fugiu numa bicicleta, deixando a mulher em estado de choque e com cortes no pescoço.
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