Cuiabá, 05 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Quarta-feira, 14 de Abril de 2021, 15:16 - A | A

14 de Abril de 2021, 15h:16 - A | A

JUDICIÁRIO / CASO JULIA BARBOSA

Homem que matou engenheira por briga no trânsito será julgado por mais um crime

Abraão Ribeiro
Única News



Jackson Furlan, de 30 anos, acusado de matar a engenheira agrônoma Julia Barbosa de Souza, de 28 anos, em novembro de 2019 em Sorriso (420 km de Cuiabá), também deverá responder por tentativa de homicídio contra o namorado da vítima, Vitor Giglio.

A medida atende a uma ação do Ministério Público Estadual, já que existem provas de que ele poderia ter matado não só Julia, mas Vitor também. Jackson está preso em Sorriso.

Pedido de soltura negado

No dia 2 de abril de 2020 o juiz Anderson Candiotto, da 1ª Vara Criminal de Sorriso, negou pedido feito pela defesa de Jackson Furlan, então com 29 anos, acusado de matar a tiros a engenheira agrônoma Julia Barbosa de Souza, de 28 anos, em novembro de 2019. O caso repercutiu nacionalmente, aparecendo até no Fantástico, da TV Globo.

A defesa de Jackson pediu que ele passasse a cumprir prisão domiciliar devido à pandemia do novo coronavírus.

Foto: Reprodução

engenheira agrônoma Julia Barbosa de Souza

Jackson Furlan

De acordo com o magistrado, "a prisão domiciliar flerta com a impunidade, especialmente porque a fiscalização é praticamente inexistente, somente tendo cabimento em situações excepcionalíssimas".

Ainda segundo o juiz, como forma de retardar a expansão do coronavírus, a principal recomendação é que as pessoas fiquem em isolamento (quarentena), pois o contágio é retardado e o Sistema Único de Saúde (SUS) talvez consiga absorver a demanda de contaminados.

“Neste interim, em relação aos presos provisórios, nenhuma providência se faz necessária, porque eles já estão em uma espécie de “quarentena forçada”, isolados, bastando que a Direção do CRS tome cautelas para impedir o ingresso na unidade de pessoas contaminadas, proibindo as visitas e exigindo exame negativo de coronavírus para os novos presos”, diz trecho da decisão.

Relembre o caso

Julia e o namorado estavam na casa de amigos e, após o jantar, a pedido de Julia, o casal foi até a conveniência de um posto de combustível, onde o namorado comprou chocolate. Após a compra, o casal seguiu em uma camionete Hillux para dar um último passeio, antes de retornar para casa.

Foto: Reprodução

engenheira agrônoma Julia Barbosa de Souza

 

No percurso, um veículo Gol preto passou a andar devagar pela via, fazendo com que o veículo em que estava o casal também reduzisse a velocidade. Neste momento, Jackson Furlan, também conduzindo uma caminhonete Hillux, se aproximou do veículo do casal, passando a buzinar e a forçar passagem pela via estreita e que possui fluxo lento.

O veículo onde estava a vítima seguiu em velocidade reduzida, pois era compatível com aquele momento, o que provavelmente enfureceu Jackson, que estava embriagado.

Jackson passou a seguir o veículo do casal, tentando fazê-los parar, contudo, o namorado da vítima, ao notar a atitude, passou a fugir pelas ruas da cidade, sendo continuamente seguido. Em determinado momento, o namorado de Julia conseguiu despistar o outro veículo, porém, quando estava na Avenida Brasil, tornou a ser seguido e, próximo ao Hospital 13 de Maio, o acusado disparou contra o veículo do casal.

O projétil transfixou o vidro traseiro do veículo e atingiu a vítima, que foi socorrida pelo namorado até o hospital próximo. Entretanto, mesmo com atendimento imediato da equipe médica, Julia Barbosa não resistiu ao ferimento.

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