11 de Fevereiro de 2025
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JUDICIÁRIO Terça-feira, 08 de Novembro de 2022, 14:29 - A | A

08 de Novembro de 2022, 14h:29 - A | A

JUDICIÁRIO / CONTRA DIRIGENTE DE PETROLÍFERA

Juíza auxiliar de Fachin presta queixa por xenofobia em pizzaria de Cuiabá

Aline Almeida
Única News



A juíza federal Clara da Mota Santos Pimenta Alves, registrou boletim de ocorrência contra o chefe da petrolífera British Petroleum (BR), Adriano Faria Bastos, por injúria racial. O caso ocorreu na última sexta-feira (4), em uma pizzaria de Cuiabá. A magistrada baiana auxilia o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, e até setembro deste ano, integrou o TRE-MT como juíza-membro titular. 

A magistrada diz que o executivo teria atribuído a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Bahia, estado que "não produz nada" e "não possui PIB". A juíza Clara da Mota, que é baiana, estava acompanhada de suas duas filhas pequenas, e afirmou que o executivo sabe de sua origem e de sua ocupação, já que suas filhas convivem juntas há mais de dois anos.

Ela afirmou que um advogado teria se aproximado de sua mesa e proferido acusações, sem provas, de que as eleições foram fraudadas. Clara defendeu o sistema eleitoral, e uma colega afirmou que ela exercia a função de juíza e atuava no STF. Foi então que Adriano Bastos, também teria se aproximado de sua mesa e dado início às agressões verbais. O executivo teria dito que a Bahia é um estado que não produz nada e que o eleitorado do petista é formado por "assistidos", além de "funcionários públicos" que "não trabalham, não fazem nada".

Apoio

Clara recebeu manifestações de solidariedade de magistrados. Um grupo de juízas que atuam no STF, no Conselho Nacional de Justiça, no Conselho da Justiça Federal e na Justiça Federal, compareceu à Corte máxima nesta segunda-feira, 7, em apoio à Clara. Nesta terça-feira, 8, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) repudiou o ataque à magistrada e disse que vai acompanhar as investigações sobre o caso de violência política e xenofobia, cobrando a 'devida responsabilização e punição'.

O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) manifestou solidariedade à juíza federal Clara da Mota Santos Pimenta Alves, que foi vítima de agressões verbais com teor xenofóbico, em um restaurante de Cuiabá. A manifestação foi feita pelo presidente, desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, ao final da Sessão Plenária desta terça-feira (08.11), e teve adesão dos demais membros da Corte Eleitoral e da Procuradoria Regional Eleitoral. 

“Ao encerrar esta sessão, quero manifestar a minha solidariedade a Dra Clara da Mota Santos Pimenta Alves, Juíza Federal, e que integrava até dias atrás esta Corte Eleitoral, pelas agressões verbais sofridas contra a sua pessoa e de sua família, por um indivíduo que certamente não tem as raízes mato-grossense. É repugnante a discriminação que vem assolando este pais por causa de viés político".

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