Ari Miranda
Única News
O vereador de Rondonópolis (218 Km de Cuiabá), Carlos Alberto Guinancio Coelho, o “Subtenente Guinancio” (PSDB), apresentou na Sessão Ordinária desta quarta-feira (25) o projeto de lei nº 2889/2023, que trata sobre o fornecimento de água potável para consumo em eventos de grande concentração de pessoas no município.
O projeto foi aprovado pela Casa Parlamentar e segue agora para sanção, pelo prefeito José Carlos do Pátio (PSB).
A proposta foi apresentada após a polêmica envolvendo a estudante de psicologia Ana Clara Benevides (23), que morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória, no dia 17 deste mês durante show da Taylor Swift no Rio Janeiro. A jovem de 23 anos morava em Rondonópolis e teria passado mal e desmaiado devido ao calor excessivo no interior do Estádio Nilton Santos, onde ocorreu o show da cantora estadunidense.
Conforme Guinancio, a proposta surgiu à partir de um pedido feito por representantes da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), local onde a jovem estudava.
“A reitora e demais pró-reitores da UFR encaminharam esse pedido e imediatamente nós transformamos em projeto de lei. A missão do Legislativo é entregar à sociedade o que ela espera de nós. Vivemos tempos de altas temperaturas e sabemos que, depois do sangue, o líquido mais importante para a vida é a água e não se pode continuar promovendo eventos dessa magnitude sem que se tenha um cuidado com o fornecimento de água”, explicou o vereador.
Além disso, o vereador ressaltou que pretende promover um debate mais amplo sobre o assunto, por meio do Projeto de Lei.
“A ideia do projeto é justamente garantir o fornecimento de água potável em todos esses eventos, seja através da venda, que a venda aconteça, ou no caso da não garantia, que o fornecimento seja feito gratuitamente pelo promotor do evento. E caberá ao poder municipal fiscalizar, inclusive com suspensão de alvará, caso não seja comprovado que isso está disponível”, disse.
O presidente da Câmara de Rondonópolis, vereador Júnior Mendonça (PT), destacou a importância do projeto de lei, enfatizando que a iniciativa é aplicada em outras cidades do país.
“Os eventos públicos devem ter água potável ou devem vender uma água a um preço mais adequado. Essa lei já existe em algumas cidades do Brasil e acredito que a gente vai estar entregando para a sociedade rondonopolitana o que de fato ela precisa, que são eventos com água potável para todo mundo para que não ocorra o que aconteceu com a Ana Clara”, finalizou.
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