22 de Maio de 2025
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JUDICIÁRIO Quarta-feira, 21 de Maio de 2025, 15:59 - A | A

21 de Maio de 2025, 15h:59 - A | A

JUDICIÁRIO / ALVO DA ‘SISAMNES’

Lobista que comandou venda de sentenças do STJ contrata novo advogado e recua de delação

Ex-procurador federal advogará no caso e descartou hipótese de delação premiada proposta por ex-advogados

Ari Miranda
Única News



O lobista e empresário mato-grossense Andreson de Oliveira Gonçalves, preso pela Polícia Federal em novembro do ano passado por suspeita de envolvimento em um esquema de venda de decisões judiciais de dois gabinetes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, agora tem um novo advogado em sua defesa.

O novo defensor do caso é o advogado e ex-procurador do Ministério Público Federal (MPF), Eugênio Pacelli de Oliveira, jurista especializado na área do direito processual penal e que atuará em parceria com o advogado criminalista Luís Henrique Prata, que já estava no caso.

A informação sobre o reforço de defesa foi divulgado em reportagem publicada pelo portal UOL, nessa terça-feira (20).

Confiante no profissionalismo dos dois juristas, Andreson recuou da possibilidade de uma delação premiada, hipótese que foi defendida nos bastidores pelo corpo de juristas que o defendiam anteriormente e que com a chegada do novo advogado, ficarão de fora do caso.

Em conversa com o UOL, Eugênio Pacelli afirmou que pretende atuar na defesa técnica e que está fora de cogitação a hipótese de delação premiada.

"Estamos nos juntando à defesa para ficar à frente de tudo, conforme procuração outorgada. Não pensamos em delação, nem como alternativa", garantiu o advogado.

Conforme divulgado pelo Única News, Andreson foi preso pela PF em 26 de novembro do ano passado no âmbito da Operação Sisamnes, que investigou o esquema envolvendo advogados, desembargadores e membros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), descoberto em conversas obtidas do celular do advogado Roberto Zampieri, que foi recolhido pela perícia em 5 de dezembro de 2023, data em que ele foi assassinado.

As investigações indicam que Andreson Gonçalves tinha acesso privilegiado a decisões de dois gabinetes de ministros do STJ e, por meio desse acesso, vendia sua influência para garantir decisões favoráveis a clientes que pagavam altos valores por seus serviços, aos quais ele se apresentava como advogado, embora sem registro profissional na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Andreson ficou preso até o início de maio deste ano na Penitenciária Central do Estado de Mato Grosso (PCE-MT), porém foi transferido para a Penitenciária Federal de Brasília (PFBRA) a mando do ministro Cristiano Zanin, relator do caso no Supremo Tribunal federal (STF).

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