Ari Miranda
Única News
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) instaurou um procedimento investigatório para apurar a denúncia contra a vereadora de Cuiabá, Edna Sampaio (PT). O nome da parlamentar foi citado no início deste mês por envolvimento em um suposto esquema de “rachadinha” da verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinete, Laura Natasha Abreu.
Conforme o MP, foi instaurado uma notícia de fato, procedimento que antecede o inquérito civil. O processo tramita em sigilo na justiça e foi distribuído para investigação do promotor de Justiça, Mauro Zaque.
Além do procedimento no Ministério Público, Edna também é alvo de um processo na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar pelo mesmo assunto.
A comissão de vereadores terá o prazo de 90 dias, prorrogáveis por igual período, para apurar os fatos e apresentar um relatório para votação no plenário da Câmara. O relator do processo é o vereador Kássio Coelho (Patriota), que também esteve à frente da relatoria do processo que resultou na cassação do ex-vereador e tenente-coronel da PM, Marcos Paccola (Republicanos).
O CASO
O suposto esquema veio à tona no no dia 4 de maio através de notícia publicada pelo site RD News. A publicação apresentou uma sequência de prints, onde a ex-chefe de gabinete era cobrada para devolver o valor para contas bancárias da petista.
Segundo a notícia, a servidora Laura Natasha Oliveira Abreu teria transferido cerca de R$ 20 mil em devolução da Verba Indenizatória para o esposo da vereadora, o servidor público Willian Sampaio.
Laura foi demitida pela vereadora durante a gestação, no final de 2022 e foi indenizada em R$ 70 mil. Ela ganhava R$ 7 mil de salário e mais R$ 5 mil de VI.
A DEFESA
Para defendê-la no processo, Edna escolheu o ex-juiz federal e colega de Partido dos Trabalhadores (PT), Julier Sebastião. Nesta semana, a vereadora disse que não falará mais com a imprensa sobre o assunto, até que o relatório seja apresentado para votação no plenário.
Edna disse está com a consciência tranquila diante do fato e que está disposta a prestar esclarecimento no judiciário ou em qualquer órgão de fiscalização
DEVOLUÇÃO CONFIRMADA
Em vídeo publicado na rede social Instagram, no domingo (7), Laura Abreu negou ter sido a responsável por expor a história à imprensa. Contudo, confirmou a devolução da VI para Edna. Além disso, desmentiu a versão de Edna, de que sua demissão foi feita após um acordo ambas as partes.
Sobre a devolução, a ex-servidora explicou que nunca devolveu parte do salário para Edna, mas apenas da verba, e assim o fazia todo mês, por ter sido orientada a fazer isso, pois se tratava de um dinheiro destinado a manter os gastos do gabinete.
“Isso porque para mim esse era um dinheiro do gabinete. Eu não entendia muito a finalidade dessa verba, eu não tinha conhecimento qual era a função. Mas, desde que entrei lá, tomei conhecimento que essa verba era para isso, para manutenção dos gastos do gabinete. E apenas essa VI eu devolvi para Edna”, afirmou.
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