Ari Miranda
Única News
O ministro Otávio de Almeida Toledo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou um pedido de transferência do coronel da reserva Exército Brasileiro, Etevaldo Caçadini Vargas, preso desde janeiro deste ano no 44º Batalhão de Infantaria Motorizada (44º BIMtz), em Cuiabá.
O militar da reserva é apontado como financiador da morte do advogado Roberto Zampieri, executado a tiros em Dezembro do ano passado, no bairro Bosque da Sáude, em Cuiabá.
Na solicitação encaminhada à Justiça, a defesa do Coronel tentava transferir a prisão do oficial do batalhão na capital mato-grossense para o 12º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha (12º BIL Mth), em Belo Horizonte, cidade onde Caçadini foi preso em 15 de janeiro deste ano.
No pedido de habeas corpus, a defesa alegou que o militar aposentado se encontra em estado grave de saúde e que o 44º Batalhão não possui cuidados médicos suficientes para lhe oferecer o tratamento adequado, sustentando ainda que o batalhão situado na capital Mineira fica próximo aos hospitais e clínicas onde ele sempre fez seus tratamentos.
Todavia, o ministro rejeitou os argumentos, citando ainda uma decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) que também negou a transferência do coronel, ressaltando o 44º Batalhão, em Cuiabá, fornece sim todo o tratamento médico ao preso, entendendo desta maneira que não há nenhum constrangimento ilegal no cumprimento da prisão do indiciado na Capital mato-grossense.
“Verifica-se, portanto, que a decisão combatida pela impetração que ora se examina foi proferida com fundamentação suficiente e da qual não é viável extrair a conclusão de que cause constrangimento ilegal flagrante sanável monocraticamente na presente fase processual”, decidiu o magistrado.
Reprodução
No detalhe, o advogado Roberto Zampieri, vítima de assassinato no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.
O CRIME
Roberto Zampieri foi assassinado por volta das 19h50 do dia 5 de dezembro, em frente ao escritório do qual era sócio, no bairro Bosque da Saúde, área nobre de Cuiabá. O jurista foi executado com 10 tiros de pistola dentro de sua picape, uma Fiat Toro de cor branca, no momento em que se preparava para ir embora após o dia de trabalho.
O pistoleiro Antônio Gomes da Silva, ficou sentado em um toco de árvore em frente ao estabelecimento por mais de uma hora, aguardando a saída de sua vítima. Após o crime, ele fugiu.
No dia 20 de dezembro, Antônio foi localizado e preso em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte.
Já no dia 22, o instrutor de tiro Hedilerson Martins Barbosa, responsável por intermediar a contratação do pistoleiro e fornecer a pistola 9mm usada no crime, também foi preso, em um stand de tiro da capital mineira.
No dia 15 de janeiro, após um longo trabalho investigativo, foi a vez de Caçadini, que assim como Hedilerson, também acabou preso em Belo Horizonte.
Os três envolvidos no homicídio foram transferidos para Cuiabá.
Enquanto Caçadini aguarda a decisão da justiça na unidade militar, Antônio e Hedilerson seguem presos na Penitenciária Central do Estado (PCE).
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