03 de Dezembro de 2024
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JUDICIÁRIO Terça-feira, 12 de Novembro de 2024, 19:09 - A | A

12 de Novembro de 2024, 19h:09 - A | A

JUDICIÁRIO / ALVOS DA “GOMORRA”

TJ mantém prisão de empresário que comandou esquema em prefeitura de MT

Na mesma decisão, outros cinco alvos da operação, todos do mesmo núcleo familiar, foram soltos.

Ari Miranda
Única News



O desembargador Helio Nishiyama, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), manteve a prisão do empresário Edézio Correa, preso durante a deflagração da Operação Gomorra na última quinta-feira (7), que investigou o envolvimento de Edézio em fraudes em contratos firmados com a Prefeitura de Barão de Melgaço (104 Km de Cuiabá).

A manutenção da prisão atende a um pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), que executou a operação, através do seu Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco). O processo corre em sigilo de Justiça.

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Além de Edézio, outras cinco pessoas ligadas ao mesmo núcleo familiar foram presas durante a operação. Todavia, o magistrado determinou a soltura de Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, esposa de Edézio; a irmã dele, Eleide Maria Correa; e os sobrinhos, Roger Corrêa da Silva, Waldemar Gil Corrêa Barros e Jânio Corrêa da Silva.

Conforme o MP, o esquema era liderado por Edézio, que também foi réu na Operação Sodoma, que apurou esquema de pagamento de propina durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (sem partido).

(Foto: Reprodução/Google Street View)

PREFEITURA DE BARÃO DE MELGAÇO

 

A FRAUDE

Além dos alvos da operação, as investigações giraram em torno de quatro empresas pertencentes ao grupo e que foram usadas pelos envolvidos na fraude, que causou um prejuízo estimado em R$ 10,8 milhões aos cofres públicos de Barão de Melgaço. Além de Edézio, os quadros societários das empresas investigadas tinham a esposa dele, sua irmã e os três sobrinhos.

O grupo familiar é proprietário das empresas Pontual Comércio e Serviços de Terceirizações, Pantanal Gestão e Tecnologia, Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda. e a Centro América Frotas Ltda, que tinham contratos com mais de 100 prefeituras do estado.

Investigações preliminares do NACO apontam que em Barão de Melgaço, o grupo criminoso atuava na adulteração de notas, utilização de “cartão coringa” para desvio de combustível e prática de sobrepreço. Conforme o MP, o esquema foi descoberto após a análise de todas as licitações homologadas pela Prefeitura local com a empresa Centro América Frotas, de propriedade de um dos alvos da operação, no período de 2020 até os dias atuais.

Todavia, conforme o Ministério Público, algumas das empresas participantes eram apenas de “fachada” e sequer possuíam atividade empresarial, sendo criadas única e exclusivamente para saquear os cofres públicos de prefeituras do estado.

A análise dos contratos feita pelo NACO em Barão de Melgaço também demonstrou diferenças absurdas de valores em contratações semelhantes feitas em outros municípios, onde o grupo também atuava. Em uma dela, houve um aumento de mais de nove milhões em contratações realizadas em 2021 e 2022.

EMPRESÁRIO ERA O “CENTRO”

Segundo o organograma do MP, Tayla Beatriz era sócia do marido, Edézio Correa, na Pontual Comércio. Já o sobrinho Roger Correa era sócio do tio na Pantanal Gestão e Tecnologia.

Waldemar, por sua vez, era sócio do tio na Pantanal e na Saga Comércio, que além do sobrinho tinha como 2ª sócia a irmã de Edézio, Eleide Maria, que também era sócia do irmão na Centro América Frotas, assim como o filho dela, Jânio Correa.

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