Da Redação
Única News
A Associação dos Familiares e Amigos de Recuperandos (AFAR) de Rondonópolis (218 Km de Cuiabá), um dos alvos da operação Infiltrados, deflagrada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF), teria recebido R$ 430 mil em repasses da Prefeitura Municipal, apenas no primeiro semestre deste ano.
Deflagrada nas primeiras horas desta sexta-feira (27), as investigações miram um grupo de faccionados envolvidos com crimes de lavagem de dinheiro e associação para o tráfico de entorpecentes em 21 bairros da cidade de Rondonópolis.
Além das práticas criminosas, o grupo estaria supostamente financiando a campanha do advogado Dr. Ary Campos (PT), que disputa uma vaga de vereador na Câmara de Rondonópolis e também foi um dos alvos da operação.
Segundo relatório obtido pelo Única News, a Associação teria recebido o valor em emendas da gestão do prefeito José Carlos do Pátio (SD) em três parcelas - duas delas pagas à diretoria da AFAR no dia 30 de abril, nos valores de R$ 10 mil e R$ 120 mil; e o terceiro pagamento de emenda efetuado no dia 18 de junho, de R$ 300 mil, totalizando R$ 430 mil em verbas públicas.
Porém, as investigações da Policia Civil revelaram que a Associação vinha sendo utilizada para lavagem de dinheiro e realização de eventos, como rifas, bingos, torneios de futebol e eventos de assistencialismo em prol da facção criminosa e do candidato a vereador.
Durante o cumprimento do mandado na Associação dos Familiares e Amigos de Recuperandos, os policiais apreenderam documentos e R$ 17 mil em espécie.
Ao final dos trabalhos, a Polícia Civil apreendeu R$ 180 mil em dinheiro com os integrantes da quadrilha.
AS INVESTIGAÇÕES
O grupo criminoso, que vinha sendo monitorado desde 2021 pela Derf de Rondonópolis, detinha o monopólio do tráfico de drogas no bairro Vila Operária e em outros 20 bairros adjacentes.
De acordo com as investigações, parte dos membros do grupo já encontravam-se presos por outros crimes e a quadrilha era liderada dois irmãos, que coordenavam as operações ilícitas, envolvendo ainda outros familiares.
O delegado Fábio Nahas, responsável pela operação, destacou que o grupo atuava com extrema violência, incluindo retaliações até mesmo contra seus próprios integrantes, desafiando assim o Estado e consolidando seu domínio sobre o tráfico na região.
(Foto: Reprodução/Internet)
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