Abraão Ribeiro
Única News
Após a emissão de mais um decreto que visou o fechamento de parte do comércio da cidade de Juína (742 km Cuiabá), algumas pessoas revoltadas gravaram áudios em grupo de WhatsApp, alguns com palavra de baixo calão, denegrindo e fazendo ameaças ao promotor de justiça da Comarca, Marcelo Linhares.
Segundo o site Juína News, as pessoas que gravaram os áudios disseram entender que houve intervenção da promotoria junto ao executivo para que as empresas sejam fechadas na quarentena de 10 dias.
O delegado de polícia André Luís Barbosa disse que na semana passada algumas pessoas revoltadas com o fechamento de alguns comércios considerados não essenciais para a população usaram um grupo de WhatsApp para fazer ofensas às autoridades do município e ao promotor de justiça de Juína.
O delegado falou que algumas pessoas já foram ouvidas, onde umas negaram e outras confirmaram a autoria dos áudios, acreditando que o representante do MP interviu no poder público para que o comércio fosse fechado.
No entanto, o decreto que estabelece as proibições é de autoria dos governos federais, estaduais e municipais, e não do representante do Ministério Público Estadual, que ao ver dos empresários revoltados não tem nada a ver com as proibições contidas no decreto, as quatro pessoas foram ouvidos e permanecem a disposição da justiça, pontuou o delegado que lembrou sobre o fechamento do comércio em outras localidades devido ao risco alto da contaminação e disseminação do vírus, e não somente em Juína que o fato está acontecendo.
Mas, o que chamou a atenção das autoridades policiais foi um áudio gravado emitido na tarde do último domingo (25) que durou mais de 2 minutos, onde uma pessoa, além de proferir palavrões, ameaçou de invadir a casa do promotor de justiça e agredi-lo. No áudio, a pessoa pedia para marcar uma reunião para adentrar na casa em Marcelo.
As ameaças também se estenderam as demais pessoas próximas do promotor, onde no áudio a pessoa fala em cortar até mesmo as cercas elétricas e invadir quebrando tudo, e finalizou o áudio com mais incitações e ameaças de violências ao promotor.
Tais ofensas e ameaças chegaram na delegacia municipal que passa a investigar os fatos, e paralelo a isso, o MPE já iniciou também uma investigação para identificar cada um dos autores dos áudios e caso identificados serão penalizados.
Dos áudios da semana passada, foram ouvidas quatro pessoas que poderão responder pelo crime de ameaça, apologia ao crime, e até mesmo por atentar contra a ordem pública, atrapalhando o trabalho que as autoridades vem desenvolvendo para contenção e diminuição do vírus no município, e serão orientados a não se reaproximar da pessoa do promotor de justiça.
O delegado finalizou dizendo que “o trabalho das autoridades junto ao executivo municipal é para o bem comum da comunidade, haja vista que no momento em que a cidade se encontra em um estágio complicado da contaminação da doença, se faz necessário toda e qualquer intervenção”.
MPMT:
A assessoria do Ministério Público se limitou a dizer ao Única News que não vai emitir nota sobre o caso, e nada mais foi comentado.
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