Ari Miranda
Única News
Após serem ouvidos na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, o casal Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, apontados como mandantes do assassinato do advogado Renato Gomes Nery (72), permanecerão presos. Os dois foram detidos na manhã desta sexta-feira (9) em Primavera do leste (242 Km de Cuiabá) e chegaram no início da tarde a Cuiabá.
Noticiado pelo Única News, Cesar e Julinere foram presos após o sargento da Polícia Militar, Heron Teixeira Pena Vieira, confessar ter sido ele o intermediário do homicídio, ocorrido em 5 de julho do ano passado, na avenida Fernando Correa, em Cuiabá, apontando o casal como os mandantes do crime.
Além disso, Heron isentou seus colegas de farda da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), o soldado PM Wekcerlley Benevides de Oliveira; o cabo Wailson Alessandro Medeiros Ramos; e os sargentos Leandro Cardoso e Jorge Rodrigo Martins, presos durante a segunda fase da Operação Office Crimes.
O Única News falou com a defesa do casal, que foi assumida pelos advogados Geraldo Bahia e Filipe Maia Broeto. No entanto, os juristas evitaram dar maiores detalhes sobre o caso, alegando que ainda estão tomando conhecimento dos fatos e da versão de seus clientes.
“A gente [ainda] não tem conhecimento por enquanto. A gente precisa entender o que há, o que não há. A princípio, todos os clientes sempre nos afirmaram ser inocentes”, revelou o jurista Geraldo Bahia, destacando que, desde o início das investigações, o casal tem colaborado de forma integral com as investigações.
“[Eles] estão, inclusive, à completa disposição. Antes mesmo [de serem presos], já compareceram espontaneamente [na delegacia]. O César colocou a tornozeleira, como a gente já tinha antecipado, entregou o celular, senha, manteve o endereço atualizado, [esteve] sempre à disposição. Inclusive, [ele] também veio aqui [na DHPP] no início do ano”, reforçou o advogado, destacando que em breve, falarão oficialmente com a imprensa e esclarecerão todos os fatos à respeito do caso.
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Após serem ouvidos pelo delegado de Polícia Civil, Bruno Abreu, responsável pelas investigações do crime, o casal segue preso na DHPP de Cuiabá.
Conforme apurado, o casal deve passar por exame de corpo de delito na manhã deste sábado (10) e, posteriormente, no período da tarde, por audiência de custódia com um juiz plantonista, no Fórum da Capital.
Reprodução

Momento em que o advogado Renato Nery (detalhe) cai após levar os disparos.
RELEMBRE O CASO
Renato Gomes Nery foi alvo de pelo menos 10 disparos de arma de fogo na manhã do dia 5 de julho de 2024, uma sexta-feira, no momento em que chegava em seu escritório, no bairro do Areão, em Cuiabá.
Segundo a Polícia Civil, o atirador, que segundo as investigações era Alex Roberto de Queiroz Silva, caseiro de uma chácara do sargento Heron Teixeira, já no local à espera do advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto Honda Titan de cor vermelha, que foi apreendida parcialmente desmontada em uma oficina de Barão de Melgaço (104 km de Cuiabá).
Uma câmera de segurança gravou o momento em que o advogado caminha até a porta do escritório, é atingida pelos disparos e cai no chão. No atentado, um dos tiros atingiu a cabeça do jurista, que foi socorrido e encaminhado ao hospital, onde passou por uma cirurgia de urgência. No entanto, não resistiu às complicações e morreu na manhã do dia 6 de julho.
OUTROS PRESOS
Em novembro de 2024, durante a primeira fase da Operação Office Crimes, além de César e Julinere, também foram alvos da primeira fase da operação os advogados Antonio João de Carvalho Junior, Agnaldo Bezerra Bonfim e Gaylussac Dantas de Araujo.
Posteriormente, em abril deste ano, o casal acabou sendo novamente alvos em uma nova fase da operação, em Abril deste ano.
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