Kamila Arruda
Única News
Os empresários Elisa Severino e Márcio Nascimento, proprietários da Imagem Eventos e Graduar Decoração e Fotografia, tinham empresas nos estados do Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba e em outros lugares do país. Todas foram alvos de busca e apreensão nesta terça-feira (20), no ambito da Operação Ilusion. A informação é do delegado Delegacia do Consumidor (Decon), Rogério Ferreira.
Segundo ele, essas empresas foram abertas no período de setembro de 2024 a janeiro deste ano, quando o casal já estava se organizando para fechar as empresas fixadas em Cuiabá. Elisa, inclusive, também abriu uma loja de roupas fitnes na internet.
"Foi planejado o fechamento das empresas aqui em Cuiabá. Eles planejaram com meses de antecedência e, nesse planejamento, eles abriram novos negócios para poder continuar a vida em outros estados depois que a Imagem Eventos e a Graduar deixassem de existir", explicou o delegado.
Ele afirma ainda que o casal está proibido de exercer qualquer tipo de atividade relacionada à fotografia, a eventos de colação de grau e formaturas.
"A Polícia Civil, visando prevenir esse tipo de conduta, solicitou à Justiça que eles sejam proibidos de exercer qualquer tipo de atividade relacionada à fotografia, a eventos de colação grau, de formatura e o Poder Judiciário deferiu o nosso pedido. Então, assim que eles forem presos, eles serão intimados de que eles não podem mais exercer esse tipo de atividade econômica como empresários, como funcionários, como autônomos, como qualquer tipo de relação", colocou Rogério.
Além disso, as empresas que estão em seus nomes e também aquelas em que eles são sócios, terão os registros suspensos e deixarão de existir. "Elas vão deixar de existir para que não seja possível que eles apliquem novos golpes, façam novas vítimas em outros estados", afirmou o delegado.
Os empresários são considerados foragidos. "Eles não foram encontrados nos endereços que estavam e a partir de agora, com os mandatos de prisão, eles passam a ser forageiros da justiça".
O titular da Decon explica que o mandado de prisão preventiva do casal teve como base todo o planejamento do casal, que nos últimos meses de empresa itensificaram ações para roubar dinheiro de seus clientes.
"As investigações comprovaram que os responsáveis pela Imagem Eventos e Graduar planejaram, pelo menos desde setembro do ano passado, o fechamento das empresas. Nesse período, eles se organizaram para deixar Cuiabá, para ir para outros estados, montaram negócios, empresas nesses lugares, para fechar os que estavam abertos aqui", disse.
Além disso, os empresários mudaram a forma da cobrança sob os materiais fotográficos. "Antes a empresa fazia comercialização, confeccionava os books e após a entrega é que ela recebia, ou durante o momento da entrega. Quando eles perceberam que as empresas iriam fechar, eles mudaram a forma de receber esses valores. Eles passaram a exigir o pagamento adiantado", continuou.
O delegado ainda acrescenta que, em janeiro, dias antes do fechamento das empresas, eles lançaram ações promocionais para receber valores que estavam em atraso e, principalmente, ofereceram descontos para pagamentos adiantados.
"Nós temos informações de que na tarde da quinta-feira, um dia antes da nota que foi divulgada à imprensa, quando os funcionários da empresa já haviam sido dispensados com uma desculpa de que faltaria energia no prédio, naquela tarde, uma das sócias recebeu valores de pais de um formando dentro da sede da Graduar e da Imagem Eventos, mesmo sabendo que na manhã seguinte a empresa já não existiria mais", acrescentou.
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