Thays Amorim
Única News
O ex-secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), Nilton Borgato (PSD), e o lobista Rowles Magalhães, também comerciavam produtos para a Covid-19, como respiradores e outros insumos, a parte do comércio de tráfico internacional de cocaína, de acordo com a Polícia Federal (PF). Ambos os acusados foram presos na última terça-feira (19) e são investigados no âmbito da Operação Descobrimento por integrarem uma complexa e bem estruturada organização criminosa.
Eles comercializavam respiradores, máscaras e testes. Não foi informado se o negócio tinha como objetivo “esconder” as atividades ilegais, por meio de lavagem de dinheiro.
Outro acusado de atuar no tráfico e no comércio de insumos de Covid-19 é o funcionário público federal Ricardo Agostinho. O réu, assim como Borgato, seria sócio de Rowles em diversos negócios, desde o comércio de produtos da pandemia de Covid, à aquisição de jatos executivos portugueses OMNI e tráfico internacional de drogas. Agostinho, junto ao lobista, organizava os voos internacionais do Brasil à Europa.
Apontada como integrante do primeiro escalão, outra pessoa envolvida nos insumos para a Covid é Nelma Kodama. Dentro da organização, ela é acusada de ser a responsável pela aquisição da droga dos respectivos fornecedores e pela sua introdução na Europa. Kodama é doleira e mantinha um caso amoroso junto com Rowles.
Borgato, Rowles e Kodama, dentre outros acusados, seguem presos preventivamente.
Entenda o caso
A PF deflagrou a operação na última terça-feira (19). As investigações tiveram início em fevereiro de 2021, quando um jato executivo Dassault Falcon 900, pertencente a uma empresa portuguesa de táxi aéreo, pousou no aeroporto internacional de Salvador (BA) para abastecimento. Após ser inspecionado, foram encontrados cerca de 595 kg de cocaína escondidos na fuselagem da aeronave.
A partir da apreensão, a Polícia Federal conseguiu identificar a estrutura da organização criminosa atuante nos dois países, composta por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar o entorpecente), transportadores (responsáveis pelo voo) e doleiros (responsáveis pela movimentação financeira do grupo).
Segundo a PF, Borgato e Rowles aparecem como um dos principais integrantes da organização, junto a outras pessoas que também lideravam o esquema. Os agentes afirmaram que chegaram até os réus por meio de técnicas investigativas e devido à ação de inteligência da Polícia.
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