Aline Almeida
Única News
O ex-deputado Pedro Satélite (PSD), alvo da Operação Rota Final, deflagrada nesta sexta-feira (14), confirmou que não tem o que temer. Ao Única News, Satélite ainda brincou que foi a primeira vez que recebeu alguém da Justiça em casa. Mas afirma que seria a mesma coisa que receber um pastor ou padre, pois não tem o que esconder.
Na casa de Pedro foi cumprido mandado de busca e apreensão. Ele é um dos investigados no esquema de fraude de licitação do transporte intermunicipal. Mas confirma que não tem o que esconder e que de sua casa foram apenas levados documentos como projetos de lei antigos e que estavam arquivados. “O Gaeco veio, foram muitos educados, não tenho o que esconder. Seria o mesmo se viesse aqui um padre ou pastor”.
Satélite diz que sempre foi defensor ferrenho de uma licitação que de fato contemplasse a necessidade do transporte intermunicipal. Na época apontou que da forma que estava sendo feita, com outorga de R$ 30 milhões, o que ocorreria era que as empresas manifestariam interesse, assinariam contrato, mas logo desistiriam.
“Eu avisei e foi o que aconteceu. Pagaram apenas a primeira parcela da outorga e depois entraram na Justiça. Isso o Ministério Público precisaria investigar”.
O ex-parlamentar afirmou ainda que a família é dona da empresa Satélite, mas que desde 2012 parou de rodar, portanto não tem ligação com esquema. Cita ainda a operação pode ter partido da delação do ex-governador Silval Barbosa que apontou recebimento de propina para renovar contrato com algumas empresas.
“No meu caso não tenho o que temer, não foi encontrado nada em minha casa e não existe nada”, destaca Pedro Satélite.
Operação Rota Final
A operação foi deflagrada manhã desta sexta-feira (14) pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO) e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO). Os envolvidos são investigados por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação do setor transporte promovida pela Secretaria de Infraestrutura do Estado de Mato Grosso e Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (AGER-MT).
Além de Satélite foram alvos o empresário Eder Pinheiro, dono da Verde Transportes, o representante do Sindicato dos Empresários do Setor de Transporte Intermunicipal de Passageiros (SETROMAT), Júlio César Sales, o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) e uma assessora parlamentar.
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