Elloise Guedes
Única News
A operação de combate aos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, denominada 'Operação Rota Final', suspendeu a licitação no transporte coletivo intermunicipal, que opera em todo o Estado. Dois deputados estaduais já foram alvos dessa operação. A segunda fase cumpriu mandados de busca em Cuiabá e no município de Barra do Garças (a 509 km da Capital) nessa quarta-feira (16).
Segundo a investigação, 20 pessoas são investigadas como membros da organização criminosa que teve início em 2015. E no último dia 11 de dezembro foi decretado sigilo judicial. O trabalho está sob responsabilidade do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), do Ministério Público Estadual (MPE).
Os agentes estiveram no Condomínio Alphaville I para cumprimentos de mandados contra alvos da operação. Eles estiveram também no Condomínio Reserva Rio Cuiabá, no Jardim Imperial. A Justiça determinou também, a suspensão do processo licitatório, após constatação de que a organização criminosa continua em plena atividade, burlando a licitação em andamento, da mesma forma em que atuava durante as contratações emergenciais, investigadas na primeira fase da operação Rota Final, deflagrada em abril de 2018.
O processo licitatório foi iniciado em 2019 pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), que lançou a licitação definitiva para regulamentar, por meio de concessão, os 8 mercados que compõem o Sistema de Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros de Mato Grosso (STCRIP-MT).
O processo contemplou os municípios polos de Cuiabá, Rondonópolis, Barra do Garças, São Félix do Araguaia, Cáceres, Tangará da Serra, Alta Floresta e Sinop. O prazo estipulado de concessão é de 20 anos.
A operação
A Rota Final investiga esquema de pagamento de propina para fraudar licitação e manterem as concessões do transporte rodoviário intermunicipal em Mato Grosso.
As investigações são baseadas na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, que aponta esquemas realizados em seu governo e as pessoas que participaram deles.
A investigação apura fatos contidos na delação do ex-governador Silval Barbosa, dando conta de que o grupo de empresas teria repassado um total de R$ 6 milhões a ele, sendo que R$ 2 milhões foram custeados pela Martelli Transportes, do empresário Genir Martelli (delator do esquema).
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