Kamila Arruda
Única News
O grupo criminoso que se autodenominava "Comando C4: Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos", alvo da da 7ª fase da Operação Sisamnes, deflagrada nesta quarta-feira (28) pela Polícia Federal, cobrava R$ 250 mil para executar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), R$ 150 mil se o alvo fosse senador, R$ 100 mil se fosse deputado federal e R$ 50 mil se fosse "um cidadão comum".
Os preços estão descritos em uma tabela encontrada por agentes federais durante busca e apreensão em fases anteriores.
Pelos valores, a Polícia Federal suspeita que esses preços seriam para espionar os alvos. Entretanto, a investigação também aponta que o grupo oferecia o serviço de assassinar autoridades por meio de uma empresa de segurança privada, aberta pelos criminosos para ser utilizada como fachada.
A lista apreendida também descreve todos os materiais utilizados para as ações, bem como a mão de obra necessária.
Entre o armamento, estariam cinco fuzis snipper com silenciador, 15 pistolas com silenciador, munição, lança rojão tipo AT 34 de ombro, minas magnéticas, explosivos com detonação remota e dois fuzis lançadores de dados.
Na lista, que seria uma espécie de orçamento do C4, ainda constam cinco veículos modelo Doblô, placas frias, rastreadores veiculares, telefones satelitais, drones, materiais para disfarces como peruca e bigode.
O planejamento previa, ainda, locação de imóveis e "utilização de garotas e garotos de programas como iscas".
Reprodução

O chamado C4 era formado pelo coronel da reserva do Exército, Etevaldo Caçadini de Vargas, Anibal Manoel Laurindo, Antônio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins e Gilberto Louzada da Silva, todos envolvidos na morte do advogado Roberto Zampieri, em novembro de 2023.
Aníbal foi identificado como mandante do assassinato do jurista; Coronel Luiz Caçadini foi o financiador; Antônio o atirador e Hedilerson o intermediário que emprestou a pistola 9mm para matar o advogado.
Todos foram alvos de mandado de prisão preventiva nesta nova fase de operação que, além de investigar o assassinato de Zampieri, ainda apura um esquema de venda de sentenças no Judiciário de Mato Grosso e servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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