29 de Maio de 2025
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POLÍCIA Terça-feira, 27 de Maio de 2025, 18:15 - A | A

27 de Maio de 2025, 18h:15 - A | A

POLÍCIA / ALVO DE OPERAÇÃO

Menor líder de grupo que induzia automutilação de adolescentes é internado em Rondonópolis

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso ingressou com duas representações solicitando a internação provisória do adolescente, pelo prazo de 45 dias

Única News
Da redação



O menor de 16, identificado pelas iniciais R. S. F., que liderava o grupo criminoso alvo da Operação Mão de Ferro 2, foi internado Sistema Socioeducativo de Rondonópolis (212 km de Cuiabá) nesta terça-feira (27). O Ministério Público do Estado de Mato Grosso ingressou com duas representações solicitando a internação provisória do adolescente, pelo prazo de 45 dias.

O grupo criminoso praticava crimes cibernéticos de extrema gravidade, especialmente aqueles direcionados a crianças e adolescentes. Entre eles estava a indução de suicídio e automutilação. A Operação Mão de Ferro 2, deflagrada pela Polícia Civil, ocorreu de forma simultânea em 12 estados brasileiros, nos quais foram cumpridos mandados de internação, prisão e busca e apreensão.

Além disso, o grupo também obtinha fotos íntimas de vítimas do sexo feminino e as obrigava a pagarem para não terem as imagens vazadas para familiares e conhecidos. Mesmo assim, várias destas imagens eram vendidas na internet e o valor era recebido pelo infrator que comandava o esquema através de uma conta laranja.

A promotora de Justiça Patrícia Eleutério Campos Dower ingressou com representação pela internação do adolescente R. S. F., com base na suspeita de envolvimento nos crimes. Nesta segunda-feira, foi apresentada nova representação, desta vez pelos atos infracionais de integrar organização criminosa, induzimento à automutilação, ameaça e maus-tratos a animais.

De acordo com a promotora de Justiça Patrícia Eleutério Campos Dower, a medida de internação tem como objetivo resguardar a ordem pública e garantir a segurança do próprio adolescente.

“A operação, por um lado, serve de alerta a adolescentes e adultos envolvidos em crimes cibernéticos, demonstrando que estão sendo monitorados e que não haverá impunidade. Mas, acima de tudo, deve servir como um chamado às famílias, para que estejam presentes na vida de seus filhos, não apenas fiscalizando o que fazem na internet, mas, principalmente, dialogando, os orientando, apoiando e fortalecendo. As vítimas, em sua maioria, são jovens emocionalmente fragilizados, que acabam se tornando alvos fáceis dessas ações criminosas”, destacou a promotora.

Rede criminosa

As práticas criminosas ocorriam principalmente em plataformas como WhatsApp, Telegram e Discord, nas quais os investigados disseminavam conteúdos de violência extrema, estimulavam comportamentos autodestrutivos, realizavam coação psicológica, ameaças e exposição pública de vítimas — em sua maioria, adolescentes — causando danos emocionais e psicológicos severos.

“O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Laboratório, promoveu a integração operacional entre as Polícias Civis dos estados, possibilitando uma ação coordenada, simultânea e robusta. A troca de informações e o alinhamento entre os estados foram fundamentais para que essa operação atingisse abrangência nacional, visando proteger nossas crianças e adolescentes e responsabilizar aqueles que se escondem no ambiente digital para praticar crimes tão graves”, destacou Rodney Silva, diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do MJSP.

De acordo com Gustavo Godoy Alevado, delegado adjunto da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos, "a Operação Mão de Ferro 2 é resultado de um trabalho investigativo minucioso conduzido pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos da Polícia Civil de Mato Grosso, em parceria com o Ciberlab do Ministério da Justiça. A deflagração da operação é uma resposta firme e coordenada do Estado à violência digital contra crianças e adolescentes."

Mão de Ferro

O nome da operação representa a resposta firme, rigorosa e coordenada do Estado brasileiro no enfrentamento de crimes de alta gravidade praticados no ambiente digital, especialmente aqueles que atingem crianças e adolescentes. Simboliza o papel da lei e do sistema de segurança pública no combate à exploração digital, violência psicológica e à disseminação de conteúdos de ódio e autodestruição.

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