Thaís Fávaro
Da Redação
O laudo da perícia realizada no corpo de Edson Emanoel Leite de Oliveira, 63 anos, avô de Mirella Poliane Chue, morta em 2019 após ser envenenada pela madrasta, não apontou uso de substância suspeitas como causa da morte.
A perícia foi solicitada pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) e realizada pela Gerência de Perícias de Toxicologia Forense da Politec.
A exumação do corpo foi feita pela Diretoria Metropolitana de Medicina Legal. O laudo foi concluído no dia 07 de maio e divulgado nesta sexta-feira (18).
A perícia encontrou resquícios somente de medicamentos corriqueiros, que possivelmente ele estava tomando por algum tratamento de saúde.
Edson morreu em 2018. Ele possuía a guarda de Mirella e após a morte dele, a menina passou a morar com a madrasta, principal suspeita do crime. Mirella morreu no dia 13 de junho de 2019, aos 11 anos, após ser supostamente envenenada pela madrasta. A motivação do crime foi uma disputa por herança.
O perito oficial criminal Paulo Sérgio Vasconcelos de Oliveira destaca que o tipo de veneno que fora pesquisado é bastante resistente à decomposição, sendo empregado como princípio ativo encontrado em pesticidas utilizados para controle de pragas em lavouras, permanecendo no solo por longos períodos de tempo.
“O exame pericial foi feito com uma técnica bastante sensível, que é a cromatografia gasosa associada à espectrometria de massas. Feito isso, nós repetimos as análises e conseguimos localizar a presença de fragmentos de benzodiazepínicos, característicos típicos de intervenções médica. O nosso alvo foi a procura de substâncias intoxicantes, como venenos, especialmente o carbofurano que foi encontrado inicialmente na análise da sua neta, no entanto esta substância não foi encontrada em seu avô. Se houvesse a presença desta substância, haja vista que foi encaminhada o material do baixo abdômen e da parte excretora, certamente nós o encontraríamos”, citou.
O crime
Mirella Poliane Chue morreu no dia 14 junho de 2019, aos 11 anos, após ser envenenada com doses diárias de substância química durante dois meses.
A vítima deu entrada em um hospital particular, já em óbito. Inicialmente houve suspeita de meningite, bem como de abuso sexual, pois havia inchaço na genitália, mas depois foi descartado o abuso durante a necropsia do Instituto de Medicina Legal (IML), da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
O caso foi descoberto pela Polícia Judiciária Civil, em investigações de inquérito policial conduzido pela Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), de Cuiabá.
A principal suspeita de autoria do crime é a própria madrasta da menina, de 42 anos. A motivação teria sido uma herança de mais de R$ 800 mil que a menina tinha recebido, ao nascer, fruto de uma indenização pela morte de sua mãe, durante parto dela em um hospital, na capital, por erro médico.
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