Christinny dos Santos
Única News
Familiares de Gabrieli Daniel de Moraes, morta pelo marido, o policial militar Ricker Maximiano de Moraes, no último domingo (28), em Cuiabá, afirmam que ela foi torturada antes de morrer. Elaine Cristina, prima da vítima, contou que durante o velório, que aconteceu no Pará, os parentes ficaram assustados, pois o rosto dela estava desfigurado e perceberam também que ela tinha hematomas por todo o corpo e cortes que pareciam ter sido causados por golpes de faca.
A prima de Gabrieli cita que Ricker era muito ciumento e possivelmente este ciúme o levou a agredir e matar a esposa.
“A gente acredita que sim, que ele fez isso [torturou Gabrieli]. Devido a ele ser muito ciumento, doentio, até mesmo comigo, que sou prima, ele tinha ciúme, com os primos ele tinha ciúme, então ele tinha um ciúme muito doentio, que ele não demonstrava muito para a gente, para os parentes. Na verdade, ele tinha pouca convivência com os parentes nossos, mas quando ele estava junto, ele não demonstrava. Sempre sorridente, tratando ela muito bem, mas só ela e ele sabia o que acontecia na casa”, disse Elaine em entrevista à TV Vila Real.
Gabrieli foi morta pelo marido com três tiros de uma pistola .40, na frente dos dois filhos do casal, de apenas 3 e 5 anos de idade. O crime ocorreu no final da tarde de domingo (25), no bairro Praieiro, em Cuiabá. O militar chegou a fugir do local levando os filhos, mas os deixou na casa de seu pai e, horas após o crime, se entregou à polícia.
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O corpo de Gabrieli foi levado para Trairão, cidade no oeste do Pará, onde ela foi velada e sepultada. Assim que o corpo chegou, a família se assustou com o rosto da jovem, que estava desfigurado.
“Lá no Pará, quando chegou o corpo, todos os familiares já perceberam na hora. O rosto estava totalmente desfigurado, uma parte da cabeça dela estava amassada, tinha um caroço na testa dela, o maxilar dela estava quebrado, tipo que ele nocauteou, não sei”, revelou Elaine, chorando.
Elaine destacou ainda que Gabrielli sempre teve os cabelos cumpridos, mas quando o corpo dela chegou à cidade paraense, os fios estavam picotados. “E o cabelo dela também é longo, comprido, estava todo picotado. Mas o cabelo dela sumiu e ninguém sabe o que aconteceu com o cabelo dela. Sumiu, simplesmente sumiu”, disse.
Percebendo que Gabrieli havia sido brutalmente agredida, a família perguntou para equipe da funerária se poderia olhar a corpo da vítima.
“A gente chamou o funerário, porque a gente queria ver, puxar um pouco da roupa, para ver o corpo como que estava. Porque quando chegou lá, eles já perceberam que estava muito deformada. O rosto dela tinha o corte atrás da orelha, estava costurado. Então eles perceberam que tinha cortes, bastante ferida, bastante hematomas, estava costurado. Horrível, horrível”, relatou a prima de Gabrieli, ainda chorando.
“Segundo informações que passaram para a gente, o corpo dela nas costas tinha facada, os braços tinham rastros de faca, o rosto, atrás da orelha, no pescoço. Cortes de faca, nas costas e no braço.”
O crime
Gabrieli Daniel de Moraes, de 32 anos, foi morta pelo marido, o policial Ricker Maximiano de Moraes, com três tiros de uma pistola .40. Ela morreu na cozinha da casa onde morava com o policial e os dois filhos do casal, de 3 e 5 anos, que presenciaram o crime, no bairro Praeirinho, em Cuiabá.
Após matar a esposa, o militar fugiu do local, levando as crianças e depois as deixou na casa de seu pai. Ele se entregou à polícia horas mais tarde, após a repercussão do crime. Assim que foi acionada dos fatos, os policiais da DHPP iniciaram as diligências e conseguiram apreender o celular do investigado e o veículo utilizado na fuga, na residência dos pais do policial. A arma utilizada no crime foi apresentada na delegacia pela Polícia Militar.
Ricker passou por audiência de custódia na segunda-feira (26), ocasião em que sua defesa pediu pela liberdade provisória alegando quadro de depressão grave, quadro de instabilidade emocional e episódios de ideação suicida. O pedido foi negado e a Justiça determinou que ele ficasse custodiado em cela no Bope.
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