Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍCIA Quarta-feira, 24 de Fevereiro de 2021, 17:58 - A | A

24 de Fevereiro de 2021, 17h:58 - A | A

POLÍCIA / SOB ESCOLTA ARMADA

Menor que matou Isabele deixa centro socioeducativo para tratamento dentário

Euziany Teodoro
Única News



A menor B.O.C., 15 anos, internada em centro socioeducativo por atirar e matar a amiga, Isabele Ramos, 14 anos, em Cuiabá, deixou a unidade pela primeira vez, desde o dia 19 de janeiro, para fazer tratamento dentário em uma clínica particular de Cuiabá.

B. saiu da unidade com a proteção de escolta armada, nesta quarta-feira (24). A informação foi confirmada pela Secretaria do Estado de Segurança Pública (Sesp), que explicou que, quando o atendimento médico não pode ser realizado dentro do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) ou no Sistema Único de Saúde (SUS), a medida de segurança é permitida.

"A Sesp informa que o caso da adolescente em questão não é uma exclusividade e já houve situações em que outros adolescentes foram atendidos na rede privada, cujo custo foi assumido pela família. Vale ressaltar ainda que a autorização para o procedimento ocorre mediante avaliação da equipe de saúde do Sistema Socioeducativo", informou a Secretaria.

Internação da menor B.O.C.

A juíza da 2ª Vara da Infância e Adolescência de Cuiabá, Cristiane Padim, determinou a internação imediata, em centro sócioeducativo, da adolescente B.O.C., de 15 anos, que atirou e matou Isabele Ramos, em Cuiabá, no dia 12 de julho de 2020. A decisão é de 19 de janeiro.

Poucas horas depois, B. se entregou, na companhia dos pais, à Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), de onde foi levada para o centro socioeducativo. Ela cumprirá a pena máxima de 3 anos, prevista para menores que cometem crimes graves. No caso dela, crime análogo a homicídio doloso, quando há intenção de matar.

A pena deve ser revista a cada 6 meses e a Delegacia do Adolescente já recebeu a ordem, que deve ser cumprida ainda hoje.

O caso

Isabele foi morta na noite de 12 de julho, na casa da amiga B.O.C., hoje com 15 anos, com um tiro que transfixou sua cabeça, entrando pelo nariz e saindo na nuca. A menina tinha passado o dia todo na casa da família Cestari, com a amiga, os pais dela e seus irmãos e os namorados de duas delas. Isabele morreu por volta das 22h.

B. alegou tiro acidental. Disse que tinha ido atrás de Isabele em um banheiro, com um case contendo duas armas nas mãos. Esse case teria caído e, ao se levantar, perdeu o equilíbrio e atirou sem querer na amiga. No entanto, a Polícia Civil descartou essa versão e a menina vai responder por crime análogo à homicídio doloso – quando há intenção de matar.

Além do enquadramento de B.O.C. em crime análogo a homicídio doloso, também foram incriminados: os pais dela, Marcelo Cestari e Gaby Soares, por homicídio culposo, entrega de arma de fogo a menor de idade, fraude processual e corrupção de menores; o sogro dela, Glauco Correa da Costa, por omissão de cautela na guarda de arma de fogo; e o ex-namorado dela, o menor G.C.C., por ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo, porque transitou armado, sem autorização.

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