Ari Miranda
Única News
Uma jovem de 18 anos, que não teve sua identidade revelada, foi socorrida com um quadro grave de sangramento e internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular da cidade de Sinop (500 Km de Cuiabá), nesta terça-feira (16). Ao perceber os indícios, a equipe médica acionou a Polícia Militar.
Segundo os médicos, além do sangramento, a jovem apresentava lacerações nas partes íntimas, decorrentes do procedimento ilícito. Pelas características apresentadas, a estimativa é de que ela estivesse na 30ª semana de gestação e que o bebê já pesasse em média 2,6 quilos.
Antes de dar entrada na UTI, policiais militares conseguiram conversar com a mulher, que confessou ter feito o aborto e que retirou o bebê na noite da segunda-feira (15), em uma residência no bairro Residencial Flor do Caribe. No entanto, não revelou o motivo pelo qual decidiu interromper a gestação.
“Pelas características e pela quantidade de placenta retirada, ela teria entrado em choque hipovolêmico, após ter bastante perda de sangue. A guarnição conseguiu conversar e, em um primeiro momento, ela negou ter praticado o aborto, porém, com a insistência, acabou confessando”, disse à imprensa o Sargento Gama, da Polícia Militar.
Além de confessar o crime, a jovem destacou que o ato teria sido praticado com auxílio do namorado dela e dos pais dele.
“Segundo ela, o feto foi retirado sem vida. Teriam colocado em um saco em frente à residência junto com outra sacola. com toalha e roupas que usaram para limpar. Pelo que pudemos levantar, esse crime teve ajuda, tendo em vista que ela estava bastante fraca, e houve a questão da ocultação do feto, que teria sido jogado fora pelo sogro e sogra dela”, destacou o PM.
Após sentir os efeitos das complicações do aborto, a jovem decidiu procurar ajuda na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sinop pela manhã, sendo posteriormente levada para o hospital particular, onde encontra-se internada. O atual estado de saúde da mulher não foi divulgado.
A Polícia Civil, juntamente com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foram até o local indicado pela jovem, porém não localizaram o feto.
“A gente teme que [o bebê] possa estar com vida. As pessoas envolvidas nesse crime não querem cooperar, mas a gente vai buscar imagens de câmeras de segurança para que talvez consiga localizar o feto e, se Deus quiser, com vida”, pontuou o militar.
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