Marcella Magalhães
Única News
O ex-assessor do governador Silval Barbosa, Rowles Magalhães, o "lobista do VLT", é mais um dos alvos da Operação Descobrimento, deflagrada pela Polícia Federal nesta manhã de terça-feira (19). A equipe da PF apreendeu nesta terça, em sua residência, joias, euro e vários produtos de luxo.
A operação é um desdobramento após ser encontrado uma grande quantidade de drogas no avião de Rowles, há meses atrás.
O ex-assessor gerou alvoroço em MT como pivô de uma matéria do site UOL, que revelava suposto esquema de R$ 80 milhões para empresa vencer licitação do modal VLT em MT.
Segundo a matéria do site, o vencedor da licitação para construir o VLT, obra orçada em R$ 1,47 bilhão, era conhecido pelo menos um mês antes da entrega das propostas dos consórcios concorrentes e da abertura dos envelopes.
Operação
Ao todo, a Operação Descobrimento cumpre 43 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva nos estados da Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco. Em Portugal, com o acompanhamento de policiais federais, a polícia portuguesa cumpre três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva nas cidades do Porto e Braga.
As investigações tiveram início em fevereiro de 2021, quando um jato executivo Dassault Falcon 900, pertencente a uma empresa portuguesa de táxi aéreo, pousou no aeroporto internacional de Salvador/BA para abastecimento. Após ser inspecionado, foram encontrados cerca de 595 kg de cocaína escondidos na fuselagem da aeronave.
A partir da apreensão, a Polícia Federal conseguiu identificar a estrutura da organização criminosa atuante nos dois países, composta por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar o entorpecente), transportadores (responsáveis pelo voo) e doleiros (responsáveis pela movimentação financeira do grupo). As medidas judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Federal de Salvador/BA e pela Justiça portuguesa.
A Justiça brasileira também decretou medidas patrimoniais de apreensão, sequestro de imóveis e bloqueios de valores em contas bancárias usadas pelos investigados. No curso das investigações, a PF contou com a colaboração da DEA (Drug Enforcement Administration - Agência norte-americana de combate às drogas), da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária Portuguesa e do Ministério Público Federal.
Veja vídeo:
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