12 de Maio de 2025
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POLÍCIA Segunda-feira, 12 de Maio de 2025, 15:00 - A | A

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POLÍCIA / CASO RENATO NERY

PM que intermediou assassinato teve dificuldades para receber; Mandante quis pagar com joias

Delegado acredita que cabo PM que contratou sargento apontado como intermediário do assassinato iria dar “calote” no colega de farda.

Ari Miranda
Única News



O delegado de Polícia Civil, Bruno Abreu, responsável pelas investigações do assassinato do advogado Renato Gomes Nery (72), revelou em coletiva à imprensa nesta segunda-feira (12), que o intermediário do crime, o policial Heron Teixeira Pena Vieira, teve dificuldades para receber o valor combinado pela morte do jurista, um total de R$ 200 mil - dos quais, segundo as investigações, apenas R$ 150 mil foram pagos.

Como noticiado pelo Única News, Heron se entregou à equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) de Cuiabá em 7 de março deste ano, após ser apontado como o intermediador da morte de Renato, assassinado a tiros na porta de seu escritório em 5 de julho do ano passado, na avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá.

Além dele, o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, que foi a pessoa escolhida por Heron para executar o crime, e o casal Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, apontados como os mandantes da execução, foram presos.

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Conforme o delegado Bruno Abreu, Heron decidiu se entregar e delatar os envolvidos no caso ao passo em que as investigações iam se afunilando, e também pelo fato de não ter conseguir receber o valor total combinado pela execução do crime com o colega de farda que o cooptou, o cabo PM Jackson Pereira Barbosa, que era vizinho dos mandantes do crime na cidade de Primavera do Leste (242 Km de Cuiabá).

Passados os dias após o assassinato de Renato, conforme o delegado, Heron chegou a fazer várias viagens à cidade de Primavera para tentar receber o valor combinado. Julinere, uma das mandantes, chegou a propor pagar o valor em joias.

“Ela [Julinere] é dona de uma joalheria. Só que ele [Heron] não aceitou, porque só queria se fosse pelo preço de revenda. Tipo assim: que ela somasse todo o ouro e pesasse pelo valor de revenda, independente do trabalho feito nas peças”, destacou o delegado, afirmando ainda que o valor parcial de R$ 150 mil foi pago em frações de R$ 40 mil, R$ 35 mil e R$ 25 mil.

Além disso, Bruno Abreu não descarta a hipótese que Jackson tenha dado um “calote” em Heron, destacando ainda que o cabo pode ter recebido do casal um valor muito além do que foi combinado com Heron.

"Ele [Heron] não recebia. Ele foi em Primavera várias vezes, até que não aguentou. Ele [Jackson] ia dar um calote nele. Eu acredito que o Jackson pegou esse dinheiro, gastou e não pagou”, pontuou o delegado na versão, que está sendo investigada pela DHPP.

SARGENTO E CASEIRO INDICIADOS

Conforme o delegado, até o momento, apenas o PM Heron Teixeira e o caseiro Alex Roberto de Queiroz tiveram suas participações no crime elucidadas e foram indiciados por homicídio qualificado por promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

O casal Cesar Sechi e Julinere Bastos, assim como o cabo PM Jackson Pereira, permanecem presos e devem ser indiciados após a conclusão das investigações.

Já os PMs Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Leandro Cardoso e Jorge Rodrigo Martins, inicialmente apontados como envolvidos no assassinato de Renato Nery, foram indiciados em outro inquérito, conduzido pela DHPP, que apurou um confronto entre criminosos e os militares, da Rotam, na região do Contorno Leste, em Cuiabá, ocorrido sete dias após a morte do advogado, onde a arma do crime, uma pistola Jericho 9mm.

 

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