Christinny dos Santos
Única News
Dezesseis criminosos foram indiciados por extorsão mediante sequestro, pela morte da candidata a vereadora, Rayane Alves Porto (Republicanos), e a irmã dela, Rithiele. Acompanhadas de amigos, as duas foram sequestradas, torturadas e mortas por publicarem nas redes sociais fotos supostamente fazendo símbolos ligados a uma facção criminosa rival.
O inquérito foi concluído pela Polícia Civil e encaminhado neste fim de semana ao Poder Judiciário e Ministério Público Estadual. Os criminosos foram indiciados também por organização criminosa, extorsão mediante sequestro qualificada por lesão grave, tortura e furto.
Oito adultos foram indiciados e oito adolescentes responderão a atos infracionais análogos aos crimes apontados na investigação. Seis investigados foram presos e apreendidos na última quinta-feira (26), durante a Operação Circus, e outros 10 foram detidos em flagrante na ocasião do bárbaro crime.
A Polícia Civil concluiu que o crime não teve motivação política. Um inquérito complementar será instaurado para apurar a responsabilização do mandante dos crimes.
O delegado responsável pelo inquérito, Fabrício Garcia, destacou a complexidade da investigação, com diligências que demandaram um amplo trabalho de campo das equipes policiais.
“Foi uma investigação bastante complexa, realizada em um curto período, onde realizamos dezenas de oitivas de vítimas, testemunhas e de investigados. E as câmeras do programa Vigia Mais MT, da Secretaria de Segurança auxiliaram na identificação dos envolvidos neste crime que abalou a cidade de Porto Esperidião”, salientou o delegado.
O crime
Conforme o registro de ocorrência, cinco jovens, entre eles as duas irmãs, deixavam o Festival de Pesca do município, quando foram abordados por um bando de nove criminosos. O bando conduziu as vítimas até uma casa localizada na rua Marechal, região central do município, e deu início a sessão de tortura.
Depois de torturar as vítimas, os criminosos fizeram uma videochamada para outro bandido, identificado apenas pela alcunha de “Véio”, que segundo eles está preso na PCE, onde foi ordenado o pedido de R$ 100 mil para amigos e parentes das vítimas. Uma vez que todas as pessoas que atenderam informaram que não tinham a quantia, Véio ordenou que todos fossem mortos.
Em dado momento, um dos rapazes conseguiu fugir pulando o muro de várias casas até chegar à unidade mais próxima da Polícia Militar.
Na cozinha da casa, os militares encontram os dedos e parte do cabelo de Rayane e Rithiele. O corpo das duas foi localizado em um quarto mais ao fundo da residência. Além dos dedos arrancados e cabelos cortados, havia também outros sinais de tortura nos cadáveres.
Os outros três jovens foram socorridos com vida.
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