Da Redação
(Foto: Montagem Única News)

Um caso inusitado de proposta para fertilizar uma mulher, em troca de R$ 6 mil, foi dado como falso pela Polícia Civil. De acordo com a assessoria de imprensa, nenhum boletim de ocorrência foi registrado no sistema de cadastro e a informação foi confirmada pelo delegado Eduardo Botelho, do setor de crimes cibernéticos.
A proposta foi divulgada em fevereiro deste ano, em um grupo fechado denominado “Namoro Sério Cuiabá”, em que o anunciante oferecia cerca de R$ 6 mil em troca de sexo para engravidar sua esposa. Além disso, a pessoa só teria direito à três tentativas, sendo que o “marido” estaria presente em todos os "momentos" sexuais. Inicialmente, o contratado receberia R$ 4 mil e mais tarde, caso a gravidez fosse confirmada, lucraria com mais R$ 2 mil.
No post, o casal dizia estar apenas passando por Cuiabá e que os interessados deveriam entrar na página do casal no facebook, para tratar da proposta, ciente que após o acordo não teria mais nenhum compromisso.
(Foto: Reprodução)

Anúncio feito em um grupo fechado de Cuiabá
Também estava disponível na postagem, um número de telefone celular para contata-los caso tivessem interesse, pois o casal só permaneceria na Capital, até o dia 26 do mesmo mês.
A reportagem entrou em contato com o número e conseguiu conversar com o suposto dono do celular, identificado como “Rodrigo”.
Questionado, ele afirmou não ter conhecimento do fato e negou ter ligações com o ofertante.
“Olha, não tem nenhum anúncio com esse telefone não. O que eu já ouvi falar que colocaram em negócio de som e nunca mexi com nada disso. Nunca coloquei nada na internet e esse telefone não é da Silvana”, afirma encerrando a conversa.
Numa segunda tentativa, Rodrigo se surpreendeu com os detalhes do anúncio e garante que o número é registrado em seu CPF (Cadastro de Pessoa Física), momento em que pediu, inclusive, para anotar outro contato de melhor disponibilidade, o conteúdo da postagem e as imagens do casal. No entanto, no decorrer da conversa, Rodrigo não se mostrou aflito com a situação, nem preocupado ou temeroso, de modo que não passou pela cabeça ser vítima de golpe aplicado na internet, a ponto de registrar boletim de ocorrência.
“Que coisa maluca, nunca vi uma coisa dessas [risos]. Não sou nem casado, não tenho namorada nem nada [risos]. Esse número é registrado no meu CPF”, disse.
O anúncio está divulgado em um grupo fechado no Facebook. Logo abaixo da postagem, um membro ainda questiona se realmente é verídico a proposta e na sequência recebe a resposta de que “Sim, é sério”.
Já o tendo alertado sobre o perigo, a reportagem verificou no novo número de Rodrigo que, na foto oficial do perfil, aparentemente parecia se tratar do mesmo homem nas imagens da propaganda, visto que desse modo levantou novamente a suspeita de golpe.
Na época, o Única News procurou o delegado Flávio Stringuetta, ex-titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
Conforme explicou o delegado, na maioria das vezes as investigações apontam que as informações são falsas, mas é preciso considerar que “cada caso é um caso”.
“Normalmente esses casos que chegam até nós, passados pelas investigações, tratavam-se de fake. Nunca teve algum que confirmou realmente que iria acabar concretizando o golpe, mas precisa checar caso a caso”, explica o chefe do GCCO.
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