Metrópoles
A Polícia Federal (PF) abriu uma investigação para apurar o ataque cibernético que resultou no desvio de centenas de milhões de reais de contas ligadas ao Banco Central, por meio da infraestrutura da empresa C&M Software. A operação, considerada uma das mais sofisticadas já registradas contra o sistema financeiro brasileiro, atingiu contas de liquidação de, ao menos, oito instituições bancárias e não bancárias, provocando um impacto em cadeia nos sistemas de pagamento.
Os investigadores, agora, buscam identificar os autores do crime, mapear o caminho do dinheiro e esclarecer como as credenciais de acesso foram comprometidas.
A principal hipótese é de que criminosos tenham explorado brechas de segurança em sistemas de mensageria entre instituições financeiras e o Banco Central, usando credenciais legítimas de clientes da C&M, empresa que atua como intermediária na integração de bancos menores ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
O foco da apuração está em compreender como essas credenciais foram obtidas e como o ataque foi executado com tamanha rapidez. Em poucos minutos, os invasores conseguiram movimentar valores expressivos via Pix a partir das chamadas “contas reserva”, que funcionam como cofres digitais de liquidação entre instituições financeiras.
Apenas da empresa BMP, especializada em soluções de banking as a service, foram desviados R$ 400 milhões. O prejuízo total estimado já ultrapassa R$ 800 milhões, podendo chegar a cifras superiores a R$ 3 bilhões.
A Polícia Federal também investiga se há envolvimento de organizações criminosas especializadas em fraudes digitais, além de tentar rastrear os recursos transferidos, que foram pulverizados em dezenas de transações quase simultâneas.
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