Christinny dos Santos
Única News
A delegada de Polícia Civil, Anna Paula Marien Pereira, concluiu o inquérito e indiciou Inês Gemilaki, o filho dela, Bruno Gemilaki Dal Poz, o marido Márcio Ferreira Gonçalves e o cunhado Eder Gonçalves Rodrigues, pelo homicídio dos idosos Rui Luiz Bogo (68) e Pilson Pereira da Silva (80). O padre da igreja católica, José Roberto Domingos, também foi atingido na mão e no rosto, mas sobreviveu.
Os quatro responderão por homicídio qualificado por motivo fútil, com emprego de arma de fogo de uso restrito, tentativa de homicídio e associação criminosa.
O duplo homicídio ocorreu durante uma confraternização familiar no dia 21 de maio, em uma residência localizada no bairro Alvorada, em Peixoto de Azevedo. Inês, Bruno e Eder invadiram a residência e efetuaram diversos disparos de arma de fogo, atingindo Rui, Pilson e o padre.
A investigação da Polícia Civil apontou que Márcio ficou responsável por garantir a fuga dos outros três criminosos, aguardando em uma Ranger branca.
“De todo o exposto, resta clara a materialidade do crime, bem como há indícios suficientes de que Inês Gemilaki, Bruno Gemilaki Dal Poz, Márcio Ferreira Gonçalves e Eder Gonçalves Rodrigues tenham praticado os homicídios consumados e tentados e, ainda, associaram-se para a prática da empreitada criminosa”, conclui o inquérito.
Ainda não foram finalizados os laudos periciais da Politec de local de crime, imagens e necroscópico, assim como a extração e análise dos celulares de Eder e Márcio.
O crime
Durante a invasão, Bruno iniciou os disparos, seguido por Inês. Enquanto isso Eder fazia a contenção de pessoas que estavam no local e garantir que ninguém tentasse entrar na casa para socorrer as vítimas.
As investigações apontam que o crime, na verdade tinha como alvo o dono da residência onde ocorria a confraternização devido a uma dívida que Inês tinha com ele em razão de um contrato de locação da casa onde ocorreu o crime. O proprietário movia uma ação no valor de R$ 60 mil contra a criminosa por danos deixados no imóvel e aluguel.
Além disso, após ganhar a ação, Inês e o proprietário tiveram um novo desentendimento, o que, segundo a Polícia Civil, resultou na ação criminosa.
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