Diego Frederici / Única News
(Foto: Internet)

O delegado da Polícia Judiciária Civil (PJC), Claudynei Lopes, afirmou que não decarta que o assassinato do padre João Paulo Nolli, encontrado morto na madrugada de sábado para domingo (09) em Rondonópolis (216 km de Cuiabá), possa ter relação com o trabalho social que o membro da igreja realizava.
Segundo o delegado, há também a possibilidade de que o padre conhecia seus assassinos.
"Não descarto a possibilidade de crime de mando, nem que o padre conhecia os acusados", disse ele.
O caso, que corre sob segredo de justiça, pode levantar ainda mais especulações sobre a motivação do crime. No entanto, Lopes permanece cauteloso sobre as hipóteses que levaram ao assassinato.
"Temos que ter cuidado para desvendar o que realmente aconteceu naquele veículo", ponderou.
O caso
O padre João Paulo Nolli, assassinado na madrugada de sábado para domingo em Rondonópolis, teria oferecido carona e entrado em luta corporal contra seus algozes, de acordo com as investigações da PJC.
Os assassinos afirmaram em depoimento a polícia que vinham caminhando pela avenida Presidente Médici quando o padre passou de carro e ofereceu carona a eles. Segundo o relato, um desentendimento ainda não esclarecido teria provocado a morte de João Paulo.
"Houve luta corporal dentro do carro após um desentendimento. Houve luta corporal e os jovens acabaram matando o padre estrangulado", disse o delegado da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF), Gustavo Belão.
Belão afirmou ainda que os assassinos só descobriram depois que o homem morto, na verdade, tratava-se de João Paulo.
"Os menores ficaram sabendo pela imprensa que haviam matado o padre. Ao perceberem que se tratava do padre, eles abasteceram o veículo e por volta 20h30 o abandonaram. Devido a este fato, acredito que o padre não foi vítima de latrocínio".
Prisão
A Polícia Judiciária Civil, em investigações da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF), de Rondonópolis, prendeu três adolescentes suspeitos do roubo seguido de morte (latrocínio) do padre da Igreja Católica, João Paulo Nolli, que foi assassinado por asfixia mediante estrangulamento, na madrugada de sábado para este domingo (09), no município.
O crime causou comoção na cidade e mobilizou as forças de Segurança Pública ( Polícia Civil e Militar,Politec) para o esclarecimento do caso.
A padre estava desaparecido desde o sábado (08) e teve o corpo encontrado em um terreno no bairro residencial Rosa Bororo. O carro dele, um HB20, foi encontrado abandonado na noite de domingo (09) no bairro Jardim Europa. O veículo estava intacto e será submetido a perícia nesta segunda-feira (10).
Ainda no domingo, um adolescente de 14 anos e três homens de 25, 30 32 foram detidos por receptação do celular do padre, um Iphone branco. Os quatro são usuários de drogas e estavam tentando vender o celular. O aparelho foi recuperado por um amigo do padre, que pagou R$ 150 pelo devolução, depois de ligar no aparelho e negociar com um dos suspeitos que estava na posse do telefone.
Os três menores envolvidos no latrocínio confessaram que abordaram o padre na Avenida Presidente Médice e depois levaram para a localidade do residencial Rosa Bororo. Depois de matar o padre levaram o veículo, a carteira com R$ 65,00 e o celular. Eles serão ouvidos na sede da Derf, pelo delegado Gustavo Belão e Daniel Vendramel.
Todo o trabalho de identificação dos suspeitos teve o suporte da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), por meio da Secretaria Adjunta de Inteligência, Diretoria de Inteligência da PJC, Gerência de Operações Especiais (GOE) e Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que enviaram equipes a Rondonópolis para ajudar na elucidação do crime, além da Polícia Militar e Politec.
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