Mayara Campos – estagiária
Única News | Da Redação
O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, defende a construção da Ferrogrão, com quase mil quilômetros de extensão, que interligará Sinop (a 480 km de Cuiabá) ao Porto de Mirirituba, no Pará. Ele afirma que o projeto é sustentável, rebatendo às críticas sobre o impacto ambiental.
Durante coletiva de imprensa na audiência pública sobre a concessão da BR-163, Freitas afirmou que em meio aos ataques, o Brasil é o único lugar onde é preciso provar que uma ferrovia é sustentável. Ele faz uma comparação com a duplicação da BR-163, relatando que a Ferrogrão ganha em diversas questões.
“A alternativa à Ferrogrão é a duplicação da BR-163. O que é mais sustentável? Fazer a ferrovia ou duplicar a BR? O que que contêm mais a expansão fundiária? O que elimina mais emissão de CO2? O que elimina mais emissão de material particulado? O que elimina mais acidente? A ferrovia”, explica o ministro.
Para ele, a questão é financeira, pois a ferrovia deve funcionar como um grande regulador de tarifas. “Ela promove a competição entre o Arco Norte, é um acréscimo de ofertas de ferrovia sem precedentes”.
Tarcísio citou ainda a vinda de entidades internacionais para ajudar na modelagem da Ferrogrão, pois, os recursos financeiros estão atrelados aos fatores ambientais.
“A imagem para o investidor é algo importante. Então a gente trouxe o que tem de melhor em termos de sustentabilidade para ter uma estruturação. A Ferrogrão é uma ferrovia que vai nascer com selo verde. O que tem de melhor em padrão, conduta e procedimento ambiental está sendo incorporado. Nosso programa de concessão de ferrovia é todo um programa verde, porque a gente ta olhando pro bolso das finanças verdes”, disse o engenheiro formado.
A ferrovia aguarda uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para a liberação da licitação. Com a aprovação do projeto, o leilão pode ser bem-sucedido e a concessão ocorrer no próximo ano, segundo Freitas.
“Nós estamos brigando para fazer a Ferrogrão, temos os investidores, e só precisamos da liberação da Justiça, para fazer o leilão e ter um bem-sucedido, com 12 bilhões de investimento. Se o Supremo disser: pode fazer o leilão; a gente pode fazer a licitação no ano que vem”, explicou.
O ministro citou ainda o início das obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) e o uso de criatividade no processo. “Nós pegamos cópia da estrada de ferro de Vitória-Minas, que foi prorrogada, e tá colocando a Vale para fazer uma ferrovia que vai ligar o Vale do Araguaia à Ferrovia Norte Sul”.
(Com supervisão do editor-chefe Abraão Ribeiro)
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