Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2021, 14:31 - A | A

18 de Janeiro de 2021, 14h:31 - A | A

POLÍTICA / VEJA A PORTARIA

Acusado de assédio, presidente do Indea prorroga ‘férias’ por mais 10 dias

Euziany Teodoro
Única News



O presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Marcos Catão, prorrogou suas férias por mais 10 dias, período em que a servidora Emanuele Gonçalina de Almeida continua a substituí-lo.

Catão é acusado de assédio sexual, que teria acontecido em novembro do ano passado, cujo caso veio à tona na semana passada, enquanto ele estava de férias, em viagem na Bahia. Hoje seria seu retorno, no entanto, a Portaria Nº 017/2021 mantém Emanuele na presidência.

“Art. 1º. Prorrogar por 10 (dez) dias a designação da servidora Emanuele Gonçalina de Almeida, Matrícula 250708, para responder, em substituição legal, pela Presidência do INDEA/MT, contida no art. 1º da Portaria nº 231/2020/INDEA-MT, encerrando-se em 28/01/2021”, diz a publicação.

Na semana passada, após a imensa repercussão do caso, o governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que manteria Catão no cargo para que ele fosse ouvido hoje, ao retornar das férias. Com a prorrogação, ainda não se sabe os rumos que o caso tomará.

Em nota, o presidente do Indea negou as acusações e alegou que foi surpreendido com a denúncia, ainda em 16 de novembro do ano passado. O presidente, que é servidor de carreira, disse que está com a “consciência tranquila” e negou ter cometido assédio ou importunação sexual.

O caso

Uma jovem de 19 anos, até então assessora técnica no Indea, registrou um boletim de ocorrência por assédio e importunação sexual contra o chefe, presidente do Indea, Marcos Catão, em novembro de 2020.

A assessora relatou que foi até a sala do presidente para repor as garrafas de água e começou a conversar com Marcos. Em determinado momento, ele disse que ela não precisaria de usar máscara dentro de sua sala e, em seguida, começou a massagear o pênis por cima da calça, por alguns minutos e olhando para ela.

Ela relatou na denúncia que ficou em estado de choque, mas voltou no dia seguinte ao trabalho. Ela contou ao pai o ocorrido, que a encorajou a registrar um boletim de ocorrência e pedir exoneração, o que ela fez.

“Até Quando”

Na manhã de hoje (18), um grupo de 46 mulheres de reconhecidas atuações e cargos no Estado, vestidas em camisas pretas com os dizeres "ATÉ QUANDO?", realizou um ato pacífico no Palácio Paiaguás. Elas pedem que Catão seja afastado do cargo enquanto faz sua defesa jurídica no caso de assédio.

A secretária da Secretaria da Mulher de Cuiabá, Luciana Zamproni, que participou do ato nesta manhã, pediu a abertura de um processo administrativo contra o presidente e destacou o medo de outras mulheres ao irem trabalhar.

“Nós só pedimos que ele seja afastado para ter transparência nas investigações. A gente sabe dele como servidor público que tem que abrir um processo administrativo. Mas, no cargo que ele exerce como presidente, quantas mulheres estão cm medo de acordar, trabalhar e ele estar lá? Hoje, é um grito, um socorro de nós mulheres que estamos cansadas de não podermos sair de casa para trabalhar”, disparou.

Iomat

Marcos Catão prorroga férias ato

 

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