Luana Valentim
Foto: (Facebook)
Em vídeo, a candidata a deputada estadual, Madona Arruda (PPS), declarou que pretende registrar um boletim de ocorrência após os ataques que vem recebendo em sua página do Facebook, com a divulgação de um de seus projetos: A Casa Colorida.
O projeto é uma casa de retaguarda temporária que visa abrigar o público LGBTI que muitas vezes acabam expulsos de casa, rejeitados pela família ao assumirem a sua sexualidade.
“Essa Casa Colorida é temporária, onde a pessoa recebe um apoio psicológico e tem de 3 a 4 meses para poder arrumar um emprego e fazer um curso básico, para poder tocar a sua vida. Porque muitos saem de casa e ficam sem rumo. Ninguém quer abrigar um homossexual”, disse.
Ao site Única News, Madona disse nesta quarta-feira (19), que recebeu nomes pejorativos em sua rede social devido a sua orientação sexual, dentre as pessoas que a atacaram, estavam eleitores do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), o que acabou fazendo com que ela decidisse pelo registro do B.O.
“Começou umas coisas tão pesadas que eu decidi denunciar. Porque o pessoal está confundindo Bolsonaro com intolerância”, pontuou.
Madona explica que devido ao preconceito, muitos homossexuais acabam se entregando as drogas e a prostituição, por falta de apoio e por questão de sobrevivência.
“As pessoas estão com um ódio mortal e começaram a me atacar, me chamando de vários nomes fortes. Mas sou de dialogar. Primeiro que nem candidato a presidente eu não tenho. Não publico, nem replico postagens de políticos. Não cultivo o ódio”, destacou.
Para ela, a maior preocupação é diante do preconceito das pessoas, analisando que muitos homossexuais sofrem retaliações por simplesmente terem uma orientação sexual diferente do ‘politicamente correto’, da tradicional família. “As pessoas estão confundindo a intolerância do Bolsonaro com ódio, ou sei lá o que é”.
E ao contrário do que se pensa, Madona vem de uma família tradicional e seus pais sempre a aceitaram, sendo ela, inclusive, quem cuida deles. Principalmente depois do Alzheimer do pai.
Ainda de acordo com a candidata, o que mais a assusta, são que esses ataques em sua maioria, parte de mulheres. E que antes das eleições, já vê a disseminação do ódio referente a lados políticos, não respeitando a opinião dos outros.
“Desde criança eu sei o que sou, mas nem por isso invado o direito do outro, nunca desrespeitei ninguém”, desabafou.
Foto: (Facebook)
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Veja Vídeo:
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