Thays Amorim
Única News
Animado, o ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB) deve ser o nome de consenso entre o grupo político de oposição para enfrentar o governador Mauro Mendes (UB) nas urnas em outubro deste ano. De acordo com fontes do PSDB ouvidas pelo Única News, o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) busca um candidato em Mato Grosso e vê em Nilson uma possibilidade.
O nome forte e de consenso ligado ao grupo era o do senador Wellington Fagundes (PL). Contudo, o parlamentar resiste ao projeto de disputar o Palácio Paiaguás e segue firme no projeto de reeleição. Outros nomes, como o do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), também são cogitados.
Emanuel entrou de férias na semana passada para viabilizar a candidatura do seu grupo político. Apesar da possibilidade de ser ele mesmo o nome de oposição à Mauro, o prefeito deve retornar das férias na próxima segunda-feira (28) e anunciar que não deve disputar a eleição.
“Agora, como o Wellington recuou, que era uma candidatura perigosa, é provável que o Nilson seja. Ele me falou que se ninguém tiver coragem de enfrentar, ele vai contra o Mauro. O Bolsonaro está atrás dele, deu uma pressão no meio do ano passado, e em dezembro também. Ele [Bolsonaro] sabe que o Nilson tem coragem”, destacou a fonte ao Única.
Apesar do ‘arrocho’ do presidente – a quem Nilson possui uma grande proximidade –, o tucano enfrenta o impasse partidário: a possível candidatura do governador de São Paulo, João Doria, à presidência da República. Isso impediria que o ex-deputado federal esteja no mesmo palanque que Bolsonaro, o que inviabilizaria a candidatura ao Governo.
Contudo, segundo fontes ouvidas pela reportagem, Doria deve recuar da sua candidatura ao Palácio do Planalto. Em fevereiro, durante um evento organizado pelo banco BTG Pactual, o governador de SP admitiu que pode abrir mão da disputa ‘lá adiante’, em nome de uma terceira via. Outro possível candidato pelo PSDB era o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite – que pode ir para o PSD e deve anunciar o seu futuro político ainda nesta semana.
Sem candidato, o recuo de Doria deixaria Nilson e Bolsonaro livres no mesmo palanque, com o ex-deputado ainda no PSDB. O cenário apontado pelo dirigente do partido ouvido pelo Única é uma das possibilidades, com as articulações a todo vapor nesse período de pré-campanha, sem definições oficiais.
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