Claryssa Amorim
Após registros de boletim de ocorrência com ameaças frequentes de morte, a juíza aposentada Selma Arruda (PSL), o presidente do Tribunal de Justiça (TJ-MT), Rui Ramos, pediu a reconsideração da manutenção de escolta para a magistrada. Para ser reavaliada, a Comissão de Segurança do Tribunal de Justiça aguarda relatório de inteligência para reavaliar a manutenção da escolta.
A escolta da juíza aposentada foi suspensa, no dia 21 de maio, pela inexistência de risco de vida, segundo a Comissão de Segurança. No entanto, Rui Ramos pediu uma reavaliação sobre o caso de sua colega.
A juíza aposentada apresentou o boletim de ocorrência ao Tribunal de Justiça e o presidente da Comissão de Segurança, desembargador Carlos Alberto, entrou com requerimento para um trabalho de inteligência para apurar o fato.
O boletim de ocorrência relatava que está correndo risco de morte a qualquer momento, ao saber de ameaça. Confome o boletim, uma pessoa com relação pessoal da magistrada teria ouvido dentro de padaria, uma conversa de dois homens tramando um atentado contra ela.
Ainda conforme relatos de Selma, a testemunha tirou foto dos dois homens e a magistrada reconheceu um deles como policial civil que foi condenado por ela.
"Na última sexta-feira (18) uma pessoa conhecida acabou presenciando uma conversa bastante estranha, em uma padaria, envolvendo minha pessoa. Essa pessoa se assustou chegou a fotografar esses supostos interlocutores que se encontraram nesse local. Pelo que conseguir levantar um deles é parente de um policial que eu condenei e que eu excluí da polícia civil", relatou sem dar detalhes do acontecido.
Além do presidente, o relatório será analisado também por quatro membros que compõe a comissão, sendo eles: os juízes Marcos Faleiros e Bruno D'Oliveira, a juíza Maria Rosi Borba e o coronel Benedito Ferreira.
Escolta suspensa
Em maio, a Comissão de Segurança do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) suspendeu a escolta sob o argumento de que a magistrada teria descumprido os protocolos de segurança, usando a escolta para fins particulares.
"Então fica fácil você dá segurança para uma pessoa que não pode sair de casa. Fica fácil você dizer: "você não está seguindo, por isso, não tem direito. Não é dessa forma, o protocolo está equivocado", falou.
Ao se aposentar no final de março, Selma Arruda, alegou que recebia ameaças por conta das atividades que exerceu quando era juíza da Vara Contra o Crime Organizado em Cuiabá, inclusive de membros da facção criminosa ‘Comando Vermelho’.
A Comissão citou que o relatório de inteligência que opinou pela inexistência de riscos à vida da magistrada e de sua família foi baseado em informações do Núcleo de Inteligência da Polícia Federal, da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, da Diretoria de Inteligência Penitenciária e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado.
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