Euziany Teodoro
Única News
Três construtoras, com obras em todo o Mato Grosso, são os principais alvos das investigações da Operação Chapéu de Palha, deflagrada nesta quarta-feira (9) pela Polícia Federal, a mando do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
De acordo com o TRF, as empresas: Construtora Pirâmide (Paulo Rocha dos Santos Eirelli), Construtora Rocha - Ivaldo Rocha de Freitas & Cia Ltda. e Up Projetos e Construções Ltda, são suspeitas de fraude em licitações e pagamento de propina a agentes públicos. Todas atuam na região Sul do Estado.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos gabinetes dos deputados estaduais Ondanir Bortolini – Nininho (PSD), Dilmar dal Bosco (DEM), Romoaldo Junior (MDB), e nos imóveis do ex-deputado Mauro Savi.
De acordo com as investigações, o esquema teria iniciado em 2013, envolvendo Nininho e seus familiares – principais alvos. Inclusive também foi cumprido mandado de busca e apreensão nos imóveis do irmão do deputado, Humberto Bortolini, que é prefeito de Itiquira.
Segundo o processo do TRF-1, existem indícios de que Nininho e seu irmão estariam conduzindo o esquema. No entanto, a informação "necessita de confirmação".
"As empresas se revezam para vencer as licitações e distribuírem vantagens indevidas para agentes e servidores públicos. As vantagens indevidas são distribuídas para todos os níveis de servidores públicos. Desde o que detém poder decisório acerca do destino da verba pública aplicada, passando pelo responsável pela condução do processo licitatório até o fiscal da obra executada", consta na denúncia.
A Operação
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na Assembleia Legislativa e no bar e restaurante Arco da Lapa, em Cuiabá. Outras 10 cidades também são alvos da Operação Chapéu de Palha. Além da Capital, estão sendo cumpridos 39 mandados de busca e apreensão nas cidades de: Rondonópolis, Várzea Grande, Sinop, Alto Taquari, Itiquira, Juscimeira, Jaciara, São Pedro da Cipa, Dom Aquino, Alta Floresta e Votuporanga/SP. Nesses municípios, prefeituras e Câmaras Municipais são alvo da operação.
A Polícia Federal ainda não detalhou o esquema e quem são todos os envolvidos. Ao todo, foram empregados mais de 130 policiais federais no cumprimento das ordens judiciais. A Controladoria Geral da União (CGU) participou da fase preliminar de levantamento das informações.
FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!