12 de Dezembro de 2024
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POLÍTICA Domingo, 11 de Dezembro de 2016, 08:20 - A | A

11 de Dezembro de 2016, 08h:20 - A | A

POLÍTICA / DEU NA VEJA

Delator aponta ex-secretário de Silval como operador de caixa 2

A informação é da coluna Radar On-line, da Revista Veja

Da Redação



(Foto: Internet)

Ex-secretário de Estado de Comunicação, Carlos Rayel

O ex-secretário de Comunicação de Mato Grosso, na gestão "Silval", Carlos Rayel, foi apontado como operador de um esquema de caixa dois, no Rio de Janeiro (RJ), pelo ex-executivo da Odebrecht, Leandro Andrade Azevedo.

 

A informação é da coluna Radar On-line, da Revista Veja.

 

Segundo a Veja, a construtora teria desembolsado cerca de R$3,2 milhões para o custeio da campanha do petista no ano de 2010, e respectivamente à Prefeitura de Nova Iguaçu (RJ), em 2008. Esse dinheiro teria sido entregue à Rayel, que foi gestor de Silval Barbosa (PMDB).

 

 

Outro lado

 

À imprensa, Carlos Rayel negou que tenha recebido dinheiro por meio de caixa dois e disse que fez tudo "dentro da legalidade".

 

 

Confira a matéria:

 

 

Diretor da Odebrecht delata caixa 2 para Lindbergh e afirma que senador participava das negociações

 

Gabriel Marcarenhas

Do Radar On-Line

 

"A delação da Odebrecht deve passar como um rolo compressor por cima de Lindbergh Farias, apelidado de “Feio”, nas planilhas de negociatas da construtora.

 

O diretor da empreiteira Leandro Andrade Azevedo, um dos que vai contar o que sabe, afirma que a construtora desembolsou cerca de R$ 3,2 milhões em caixa 2 às campanhas do petista ao Senado, em 2010, e à prefeitura de Nova Iguaçu, em 2008.

 

As informações são comprometedoras. Azevedo revela que esteve no gabinete de Lindbergh, em Nova Iguaçu, em 2007, para negociar diretamente com ele e com o marqueteiro Carlos Rayel valores e formas de pagamento das contribuições não declaradas. Coisa de R$ 698 mil.

 

Parte foi paga em dinheiro vivo a Carlos Rayel, responsável pela campanha à reeleição do então prefeito da cidade localizada na Baixada Fluminense.

 

Os pagamentos foram operacionalizados e entregues no escritório de campanha de Lindbergh[…] e foram destinados a remunerar o trabalho de marketing realizado por Carlos Rayel”.

 

Segundo Azevedo, a generosidade da Odebrecht com Lindbergh dava-se porque a cúpula da empresa o considerava um político promissor, com possibilidade de um dia chegar ao Palácio do Planalto.

 

Mas, antes mesmo de alçar votações mais expressivas, a construtora já lucrou pelas mãos do então chefe do Executivo de Nova Iguaçu.

Durante as tratativas para abrir o caixa, a Odebrecht soube pelo marqueteiro do petista que Lindbergh iria lançar o programa Pro-Moradia, bancado pelo Ministério das Cidades.

 

De fato, em dezembro de 2007, foi lançado o edital, apresentamos proposta e vencemos a licitação no valor de R$ 88 (milhões)”, diz o anexo do executivo.

 

A concorrência em questão englobava três lotes de obras. A Odebrecht levou um, enquanto as empresas Carioca Engenharia e Melo Azevedo arremataram os demais. A Odebrecht, porém, precisava de uma manobra para lucrar mais. E lucrou, claro.

 

Conseguimos, depois de adjudicada a licitação e assinado individualmente o contrato de cada lote, a permissão para reunir os três lotes em um contrato só, formando-se um consórcio entre as três empresas. Isso trouxe considerável vantagem financeira à companhia, em razão da diminuição de custos indiretos”.

 

No jogo ilegal do todo mundo ganha, descrito por Azevedo, Lindbergh se reelegeu e, dois anos mais tarde, era a vez de ele querer mais. Na ocasião, mirava em uma cadeira no Senado. Conseguiu, com apoio da Odebrecht, lógico.

 

O esquema era o mesmo, segundo o executivo: a empresa pagaria, em dinheiro, os serviços do responsável pela publicidade da campanha de Lindbergh. Só que, em 2010, o valor era outro e o marqueteiro também: Duda Mendonça, figura carimbada pelo mensalão.

 

A conta daquele ano saiu mais cara, de acordo com o diretor da construtora: R$ 2,5 milhões. Lindbgerh, mais uma vez, participou de tudo, segundo Azevedo."

  

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