18 de Junho de 2025
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CIDADES Quinta-feira, 15 de Maio de 2025, 06:55 - A | A

15 de Maio de 2025, 06h:55 - A | A

CIDADES / CASO KETLHYN VITÓRIA

CRM abre sindicância que poderá cassar registro de médico que matou adolescente em MT

Entidade disse que só se posicionará sobre cassação de registro após conclusão de sindicância.

Ari Miranda
Única News



O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) informou, por meio de nota, que instaurou uma sindicância para apurar a conduta do médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello (29), que matou sua namorada, a adolescente Ketlhyn Vitória de Souza, de 15 anos.

Noticiado pelo Única News, o crime aconteceu na madrugada do dia 3 de maio deste ano. Em depoimento, Bruno Felisberto, que está preso na Cadeia Pública de Peixoto de Azevedo (673 Km de Cuiabá), confessou o crime e disse que a jovem morreu em decorrência de um disparo acidental de uma pistola 9mm de sua propriedade.

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Passados 11 dias do crime, o Conselho de Medicina decidiu vir a público para se manifestar sobre o caso e, no documento, disse que está acompanhando as investigações, afirmando ainda que somente após a sindicância e que a entidade definirá pela cassação ou não do registro profissional de Bruno.

“Apenas após a conclusão da sindicância é que haverá, ou não, a abertura de um processo ético contra o referido profissional”, garantiu o CRM-MT.

(Foto: Reprodução/Internet)

KETLHYN VITÓRIA E BRUNO FELISBERTO.jpg

O médico Bruno Felisberto Tomiello e a sua namorada, a adolescente Ketlhyn Vitória, de 15 anos.

ALEGOU TIRO “ACIDENTAL”

Conforme o delegado de Polícia Civil Waner dos Santos, responsável pelas investigações, durante seu depoimento, Bruno Felisberto confessou o crime e alegou que, no dia dos fatos, o médico estava em seu carro retornando para casa junto com Kethlyn após terem saído para se divertir e consumirem bebidas alcoólicas.

De acordo com o suspeito, em determinado momento do trajeto, Ketlhyn pediu ao namorado para dirigir o veículo e foi para o seu colo. Nesse momento, Bruno, por razões desconhecidas, disse que pegou uma pistola de sua propriedade acreditando que o armamento estava desmuniciado, quando houve o disparo acidental, que atingiu a nuca da vítima, transfixando a cabeça da jovem.

Imediatamente após o tiro, o médico disse que prestou socorro e levou sua namorada ao hospital. No local, conforme consta em boletim de ocorrência, ele chegou a acompanhar todo o procedimento da equipe médica para tentar salvar a vida da adolescente, sem sucesso.

Após a confissão do crime e levar os policiais ao local onde a arma estava escondida, Bruno teve sua prisão temporária decretada pelo juízo da Comarca de Guarantã do Norte após passar por audiência de custódia no último dia 6 de maio.

O CRIME

De acordo com o registro policial, eram 2h da manhã de sábado (3) quando a Polícia Militar foi acionada pela equipe médica do Hospital Nossa Senhora do Rosário, com a informação de que uma garota de 15 anos havia dado entrada após levar um tiro na cabeça, e que a jovem havia sido socorrida pelo namorado, o médico Bruno Felisberto.

Segundo a equipe médica, o médico teria chegado “visivelmente abalado” abalado, pedindo para que "salvassem a menina dele”, dizendo ainda que “não saberia viver sem ela”.

A equipe médica tentou reanimar Ketlhyn por cerca de 40 minutos, porém a garota não resistiu. Após a confirmação do óbito, conforme o boletim de ocorrência, Bruno teria se alterado, chegando até mesmo a tentar quebrar uma janela e a porta do hospital. Em seguida fugiu do local.

Bruno se entregou dois dias depois na Base Aérea da Serra do Cachimbo, em Novo Progresso, no Pará - local para onde fugiu após o assassinato. Posteriormente, foi trazido por policiais civis de MT à Delegacia de Guarantã do Norte.

Atualmente, ele encontra-se preso na Cadeia Pública de Peixoto de Azevedo (673 Km de Cuiabá), onde aguarda a conclusão das investigações e sua representação à Justiça Estadual.

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