Fred Moraes
Única News
Mesmo antes de entrar em vigor, o estacionamento rotativo que será implantado em Cuiabá tornou-se alvo de discussões entre a base de apoio e a oposição do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara Municipal nesta quinta-feira (16). Enquanto uns definem o método como “caça-níquel” para enriquecer os cofres públicos, a base defende alegando que é algo para fortalecer o comércio e foi amplamente discutido entre as entidades.
Para Dilemário Alencar (Podemos), é preciso suspender a cobrança do estacionamento conforme algumas questões pertinentes, como a colocação de placas sobre as calçadas prejudicando a acessibilidade de cadeirantes, valores das taxas e a segurança dos veículos estacionados.
“Também vou apresentar um projeto de lei para tempo de tolerância de 15 minutos nesse estacionamento. Além disso, a empresa deve ser responsabilizada por roubos no veículo e atos de vandalismo. Ela tem que se responsabilizar pela guarda do bem. Essas questões têm que ser balizadas porque senão vai ser um estacionamento caça-níquel, apenas com o intuito de arrecadar para o prefeito municipal, que quebrou a prefeitura”, destacou Dilemário.
Já o vereador Luís Cláudio (PP), defende que muitas pessoas que utilizam as vagas nos estacionamentos não são clientes, e sim permissionários, camelôs e pessoas que trabalham no centro. Para ele, isso torna o movimento do comércio inviável.
“O comércio participou da PPP do mercado municipal e convencionou que é necessário. Do tempo que tinha faixa verde ou azul o comércio do centro da cidade era mais pujante. O aluguel do estacionamento é necessário para que as pessoas façam suas compras no comércio”, finalizou Luís Cláudio.
A partir do dia 13 de dezembro, o sistema de estacionamento rotativo na região central da capital será cobrado. Os valores serão R$ 3,40 a hora para carros e R$ 2 para motos.
Para garantir que todos estejam preparados para a transição, por determinação do prefeito Emanuel Pinheiro, os cuiabanos terão mais de um mês de período educativo, antes do início da cobrança do estacionamento.
A fiscalização do horário de estacionamento será feita por meio do monitoramento das placas dos veículos. As placas serão lidas pelo sistema, e as informações corretas serão registradas para garantir a utilização adequada das vagas. Em caso de não pagamento do estacionamento rotativo, a concessionária não será responsável pela aplicação de multas e sim a Secretaria de Mobilidade Urbana (SEMOB).
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