Da Redação
(Foto: Reprodução/Web)
Informações sigilosas na Justiça dão conta que o ex-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Paulo Taques, teria assinado um contrato para prestar serviços como advogado para a empresa EIG Mercados Ltda – ligada aos desvios de recursos no Detran desde 2009, na época com o nome fantasia de FDL Serviços de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação Ltda.
E isto -muito possivelmente ciente - de que havia um ofício datado de 11 de abril de 2012, do governador Pedro Taques (PSDB), na época senador pelo PDT, que foi encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE) denunciando supostos casos de corrupção no Detran, envolvendo o ex-presidente da autarquia Teodoro Moreira Lopes, o Dóia, e o deputado estadual Mauro Savi (PSB). Ou seja, Paulo Taques sabia que o gestor tucano teria denunciado e mesmo assim, passou a representar judicialmente a empresa, por onde todo o esquema escoava.
Investigada na “Operação Bereré” por participação no esquema que desviou verbas do Detran, a empresa EIG Mercados Ltda – é acusada de desviar entre 2009 e 2014, cerca de R$ 27,7 milhões dos cofres públicos, por meio de pagamento de propina.
A operação - com 49 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça -, foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco). E por conta dela o Tribunal de Justiça determinou o bloqueio de R$ 27 milhões de 17 pessoas investigadas.
Já o suposto acordo - entre Paulo e a empresa EIG -, foi assinado em 6 de outubro de 2014, um dia após a eleição que deu a vitória a Taques como governador do Estado. O contrato de representação judiciária foi repassado pelo então advogado da empresa, Daniel Augusto Mesquita.
Sobre este suposto envolvimento, o ex-secretário não pode falar, já que está proibido de dar qualquer declaração à imprensa, em decisão assinada pelo ministro Mauro Campbel do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em uma das cautelares. Por conta da operação Esdras, deflagrada no dia 27 de setembro de 2017, para desmantelar uma rede clandestina de escutas, comandada por policiais de alta patente, de dentro do Palácio Paiaguás e que supostamente teria como chefe de todo o processo, o ex-chefe da Casa Civil.
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