Da Redação
(Foto: Reprodução)
O juiz da 11ª Vara Especializada da Justiça Militar, Murilo Mesquita, negou o pedido do cabo da Policia Militar, Gerson Luiz Ferreira Corrêa Junior, de convocar o governador Pedro Taques (PSDB) e seu primo, o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, a prestar esclarecimentos nos autos da ação penal que investiga os grampos ilegais.
O esquema de grampos veio à tona no dia 11 de maio com repercussão nacional, causando a prisão de militares, políticos e do ex-chefe da Casa Civil. As interceptações ocorreram em uma manobra denominada “barriga de aluguel”, onde é pedido à Justiça autorização para interceptar os telefones de pessoas que não são investigadas, nesse caso, junto com os de integrantes da quadrilha de tráfico de drogas.
Em seu depoimento no último dia 28, o cabo Gerson confessou que participou do esquema de escutas clandestinas e revelou todos os detalhes de como funcionava e como foi montada a “Grampolândia Pantaneira”.
Ele ainda envolveu o próprio governador dizendo que as escutas foram montadas em 2014, período eleitoral. Na época, Paulo Taques era coordenador da campanha do primo Pedro Taques e, assim, obviamente, ainda de acordo com Gerson, a implantação da rede de escutas clandestinas era de conhecimento de ambos.
O pedido da defesa do cabo Gerson, era para que o tucano e o ex-secretário fossem obrigados pela Justiça a prestar esclarecimentos sobre seus envolvimentos no esquema de grampos ilegais.
Porém, Mesquita explicou que o pedido já foi analisado e rejeitado pelo juízo.
“Tais decisões foram fundamentadas no fato de que aquelas testemunhas eram, respectivamente, advogado e investigado no bojo do inquérito policial n° 1.210-DF (2017/0118862-5), cujo objeto é relacionado a esta ação penal, estando, Paulo Cesar Zamar Taques, proibido de depor (art. 355 do CPPM e art. 7°, XIX da Lei n° 8.906/94) e tendo José Pedro Gonçalves Taques, direito ao silêncio (art. 5°, LXIII da CF/88 e art. 8°, item 2, alínea g da Convenção Americana sobre Direitos Humanos) ”, destacou.
O magistrado ainda negou que o empresário Marilson da Silva, seja novamente investigado, alegando que não traria benefício algum ao processo penal. (com informações do site jurídico ponto na curva)
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