Da Redação
REPRODUCAO

O ex-secretário de Indústria, Comércio, Minas, Energia (Sicme) e Casa Civil, Pedro Nadaf, mudou seu depoimento sobre a suposta tentativa de agressão por parte do empresário Valdir Piran ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB), por meio de uma ‘cadeirada’.
Há três meses atrás, o ex-secretário contou à juíza da Vara Contra o Crime Organizado, Selma Arruda, que a confusão teria acontecido no Palácio Paiaguás.
No entanto, na delação premiada do ex-governador Silval que foi firmada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, Nadaf falou que a briga acontece em São Paulo, no apartamento de Piran.
Segundo informações da delação, no começo da gestão da Era Silval, o governo assumiu uma dívida do rupo político do ex-governador e atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), com Valdir Piran. A dívida estava na época na casa dos R$ 40 milhões.
Desse total, R$ 10 milhões, foram pagos por meio de retorno em propina da desapropriação de um terreno localizado no bairro Jardim Liberdade, que também foi alvo de investigação da 4ª fase da operação Sodoma.
Conforme o documento, o empresário proferiu várias palavras ofensivas a Silval dentre elas: vagabundo e caloteiro e ainda pegou a cadeira que estava e foi para cima do ex-governador.
Ainda conforme Nadaf, R$ 4 milhões foi arrecadado através de propinas que foram pagas pelas construtoras Guaxe, Geosolo e O.k Construções e Serviços Ltda.
Confusão
Em setembro e dezembro de 2014, Nadaf falou que viajou para São Paulo com o ex-governador até o apartamento de Piran, instalado acima do shopping Cidade Jardin. Lá, todos os cheques que havia sido recebido dos proprietários das construtoras foram repassados.
“Na ocasião, Silval Barbosa comunicou a Valdir Piran que ele deveria procurar o proprietário da construtora Geosolo, de nome José Mura Júnior, para receber diretamente do empresário o valor que ainda tinha a receber de propina”.
Mas, Valdir Piran já estava muito exaltado diante do não pagamento de parte da dívida.
“No momento em que Silval Barbosa lá ingressou, Valdir Piran passou a gritar palavras como ‘vagabundo’, ‘caloteiro’, dentre outras palavras ofensivas. Apoderou-se da cadeira na qual estava sentado e foi com ela para cima de Silval Barbosa a fim de atingi-lo, sendo, contudo, impedido por mim. Diante do ocorrido, Silval Barbosa saiu correndo da sala, deixando Valdir Piran na minha companhia, situação que perdurou desde às 14h até às 20h”, disse.
Mas, mesmo assim o empresário teria exigido o pagamento.
Nadaf afirmou que, posteriormente, Valdir Piran continuou exigindo o pagamento da dívida por parte do ex-governador.
“Silvio Correa [ex-assessor de Silval] entrou em contato com o empresário Marcio Aguiar da Silva, da construtora Guaxe, o qual se fez presente no meu gabinete e a pedido de Silval Barbosa assinou três notas promissórias no valor da dívida, tendo inclusive pegado com Valdir Piran os cheques que Silval Barbosa havia lhe entregado”, finalizou. (Com informações do Midia News).
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