Gabriel Rodrigues
Única News
O vereador por Cuiabá, Tenente Marcos Paccola (Republicanos), afirmou na manhã desta terça-feira (2), que a morte do agente do socieducativo, Alexandre Miyagawa, de 41 anos, não teve relação com a sua atividade parlamentar. Desta forma, não havendo nenhum motivo para o seu afastamento ou cassação de mandato.
Segundo ele, o parlamentar por si só não tem o direito de ter porte de arma, mas pelo fato de ser um PM, possui essa prerrogativa. Paccola ainda destacou que sua cabeça é 99% de polícia e 1% de parlamentar, reforçando que agiu com o intuito de defender terceiros.
"Não tem relação com a atividade parlamentar. O parlamentar não tem direito ao porte de arma, porte de arma é prerrogativa do policial, da minha atividade como policial. Eu fiquei 20 anos na polícia e estou há um ano e meio na política. Então, a minha cabeça é 99% de polícia e 1% como político", disse ele.
O vereador afirmou que se caso veja outra situação parecida, agirá da mesma maneira, pois segundo ele, realizou um juramento de estar a disposição da sociedade.
"A atitude será a mesma. Eu sempre estou a disposição da sociedade e com o juramento de servir e proteger, mesmo com o risco da própria vida, farei isso enquanto estiver vivo, enquanto estiver aqui nesta terra, [estarei] servindo e protegendo a sociedade quando necessário for", disse ele.
Alexandre foi morto com três disparos pelas costas, efetuados pelo parlamentar, no dia 1 de julho, em Cuiabá.
Câmara não afasta Paccola
Os vereadores da Câmara Municipal de Cuiabá, postergaram novamente o pedido de afastamento do vereador Tenente Coronel Paccola (Republicanos) de suas atividades parlamentares. Por 21 votos a favor e 1 contra, os parlamentares rejeitaram o pedido de afastamento e encaminharam a pauta para a Comissão de Ética, durante a sessão desta terça-feira (2).
A decisão seguiu o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), apresentando pelo vereador Chico 2000 (PL). Segundo Chico, não existe previsão legal, regimental ou constitucional para que o plenário ou o presidente Juca do Guaraná (MDB), julguem o afastamento do vereador.
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