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Nesta sexta-feira (13), a Americanas informou que cancelou seu patrocínio no Big Brother Brasil 23. A estimativa é de que a empresa pagaria R$ 150 milhões em publicidade para aparecer no reality da Rede Globo. A companhia era uma das principais patrocinadoras do programa.
A decisão vem após o anúncio de que a corporação contava com um rombo fiscal de R$ 20 bilhões.
“Neste momento, a companhia está focada na gestão do negócio e no propósito de oferecer a melhor experiência a seus clientes, parceiros e fornecedores. A TV Globo segue como relevante parceira na estratégia de marketing e comunicação da Americanas S.A”, afirmou a empresa em nota.
Procurada, a Rede Globo não se pronunciou. Na quinta-feira, 12, a Americanas viu o valor de suas ações despencar mais de 77% no Ibovespa. Os papéis da companhia passaram a valer R$ 2,74. A crise veio após a empresa declarar uma “inconsistência” contábil no balanço da companhia de R$ 20 bilhões. O montante que seria de uma dívida bancária foi alocado em outra parte dos relatórios financeiros.
Com isso, analistas ficaram temorosos com a possibilidade de que o endividamento da companhia seja superior ao declarado.O CEO da Americanas, Sérgio Rial, deixou o comando da varejista nesta quarta-feira, 11, após 10 dias no cargo. Além dele, o novo diretor de relações com investidores, André Covre, que também tomou posse em 2 de janeiro, pediu demissão.
Com ambas as decisões, o conselho da Americanas nomeou interinamente o diretor de recursos humanos, João Guerra, como presidente e diretor de relações. De acordo com a empresa, trata-se de um “executivo com ampla trajetória na companhia nas áreas de tecnologia e recursos humanos, e não envolvido anteriormente na gestão contábil ou financeira”.
Em relação as inconsistências contábeis, a Americanas informou que vai criar um comitê independente “para apurar as circunstâncias que ocasionaram as referidas inconsistências contábeis, que terá os poderes necessários para a condução de seus trabalhos”. A empresa disse que as inconsistências foram localizadas “em lançamentos contábeis redutores da conta fornecedores realizados em exercícios anteriores”. O valor de R$ 20 bilhões, que classificou de preliminar, seria referente ao fechamento do terceiro trimestre de 2022.
Além disso, a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP) notificou a Americanas a prestar esclarecimentos sobre a crise pela qual a empresa passa. Em nota divulgada, o órgão esclareceu que a companhia deve justificar se os clientes irão ser prejudicados com o rombo de R$ 20 bilhões descoberto no balanço financeiro.
O Grupo Americanas tem até o dia 17, terça-feira da próxima semana, para divulgar se as compras feitas nas lojas serão afetadas, além de pontuar o número de pessoas afetadas e justificar se as denúncias dos últimos três meses em relação no Procon estão relacionadas com o escândalo bilionário.
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