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POLÍTICA Sábado, 12 de Maio de 2018, 13:26 - A | A

12 de Maio de 2018, 13h:26 - A | A

POLÍTICA / DESVIOS MILIONÁRIOS NO DETRAN

Kobori acusa delatores de "falsearem verdade e armar contra ele" por participação em esquema

Da Redação



(Foto: reprodução/Gazeta Digital)

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O advogado de defesa do empresário José Kobori acusou os delatores de "falsearem a verdade e armar contra ele", durante depoimento na sede do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), nesta sexta-feira (11), em Cuiabá. Kobori foi preso na 2ª fase da operação Bereré, batizada como Bônus, delfagrada na quarta-feira (9). 

 

O empresário é suspeito de participar do esquema que desviou mais de R$ 20 milhões do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), por meio da empresa EIG Mercados. Ele negou as acusações e disse que durante o tempo em que foi CEO da EIG Mercados, teria “extinguido todas as práticas imorais existentes na empresa.

 

De acordo com a defesa de Kobori, no depoimento, ele teria se disponibilizado a entregar documentos e se comprometido a colaborar com as autoridades no que fosse necessário.

 

“Com a tranquilidade de quem só falou a verdade, Kobori demonstrou que nunca transferiu qualquer recurso para agentes públicos e, ao contrário: ao longo de sua gestão extinguiu todas as práticas imorais existentes na empresa EIG (antiga FDL - FIDÚCIA)”, diz nota publicada por seus advogados.

 

Kobori acusa os empresários José Henrique Ferreira Gonçalves e José Henrique Ferreira Neto, proprietários da EIG Mercados e que fizeram um acordo de colaboração premiada com o Gaeco, de terem mentido aos agentes.

 

 “Ficou evidente que os delatores, além de falsear a verdade e armar contra Sr. José Kobori, utilizaram-no de forma abominável e cruel, para se livrarem de seus múltiplos crimes - muito além dos já por ele confessados. A defesa, novamente, desafia os delatores a provarem as suas afirmações caluniosas e tem a convicção de que uma trama tão ardilosa, tão farsesca como essa, não sobreviverá por muito tempo. José Kobori confia no Poder Judiciário do Mato Grosso”, completou.

 

Valter José Kobori foi preso na última quarta-feira (9), durante a deflagração da Operação Bônus, segunda fase da Operação Bereré, que investiga fraudes no Detran, que teriam causado um rombo de mais de R$ 30 milhões aos cofres públicos. Além de Kobori, também foram presos o ex-chefe da Casa Civil, Paulo César Zamar Taques, e o irmão dele Pedro Jorge Zamar Taques, ambos primos do governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), além dos empresários Roque Anildo Reinheimer, Claudemir Pereira dos Santos, vulgo ‘Grilo’, e o deputado estadual Mauro Savi (DEM).

 

LEIA A NOTA:

José Kobori prestou depoimento, ao longo de todo dia de hoje, ocasião que esclareceu todos as questões das autoridades policiais e do Ministério Público, tendo se disponibilizado a entregar documentos e se comprometido a colaborar com as autoridades no que for necessário. Com a tranquilidade de quem só falou a verdade, Kobori demonstrou que nunca transferiu qualquer recurso para agentes públicos e, ao contrário: ao longo de sua gestão extinguiu todas as práticas imorais existentes na empresa EIG (antiga FDL - FIDÚCIA). Ficou evidente que os delatores, além de falsear a verdade e armar contra Sr. José Kobori, utilizaram-no de forma abominável e cruel, para se livrarem de seus múltiplos crimes - muito além dos já por ele confessados. A defesa, novamente, desafia os delatores a provarem as suas afirmações caluniosas e tem a convicção de que uma trama tão ardilosa, tão farsesca como essa, não sobreviverá por muito tempo. José Kobori confia no Poder Judiciário do Mato Grosso.

 

O esquema

José Kobori foi preso na quarta-feira, em São Paulo pelo Gaeco. O empresário é suspeito de participar do esquema de desvio de dinheiro do Detran, em que teria recebido ao menos R$ 6 milhões. 

 

Segundo as investigações, Kobori recebeu o montante da empresa 'EIG Mercados', que mantinha contrato para prestação de serviços no Detran de Mato Grosso. Os valores foram transferidos para duas empresas ligadas a Kobori, a Canal da Peça e JK Capital Consultoria e Assessoria Empresarial Ltda.

 

O esquema foi denunciado pelo irmão do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB), Atônio Barbosa, em delação já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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