Fred Moraes
Única News
Depois da repercussão nacional da morte brutal de um gato de estimação, causada por quatro cães diante da inércia de seu tutor, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Max Russi (PSB), defendeu a necessidade de leis mais rígidas contra tutores que cometerem crimes contra animais no estado.
Atualmente, uma lei da deputada Janaina Riva (MDB) prevê que, em casos de maus-tratos, o tutor perca imediatamente a guarda do animal e, em casos de servidores públicos, podem perder seus cargos efetivos.
Por meio de seu Instagram, o deputado afirmou que o caso de Juína não pode se repetir e manifestou repúdio. Além disso, afirmou que é inaceitável casos de tortura, maus-tratos ou outros casos do tipo, seja em Mato Grosso ou no Brasil.
“Foi uma verdadeira barbárie o que aconteceu na última terça-feira em Juína. Venho a público manifestar meu profundo repúdio e indignação em relação ao caso, onde um tutor de cães permitiu que seus animais atacassem e matassem um gato completamente indefeso. Tal atitude é inaceitável e reflete uma grave irresponsabilidade por parte do tutor. Os animais domésticos dependem de seus tutores para receber cuidados e proteção, e situações como essa evidenciam a necessidade de uma maior conscientização e de medidas mais rigorosas para punir aqueles que descumprem seu papel de guardiões”, disse o deputado.
O CASO
O professor de Educação Física, Francisco José Andriotti Prada, de 52 anos, na manhã de quarta-feira (12), permitiu e observou seus quatro cachorros atacarem um gato até a morte, em Juína. Uma câmera de segurança gravou o crime e o homem foi identificado e preso em flagrante pela Polícia Civil, na tarde do mesmo dia.
As investigações iniciaram após o vídeo chegar ao conhecimento da equipe de investigadores da Delegacia de Juína, em que quatro cachorros, da raça Husky Siberiano, atacam um gato em via pública. Os cães eram conduzidos pelo suspeito.
As imagens mostram que o gato tentou fugir dos cachorros, pulando o muro, mas não conseguiu e foi capturado pelos animais e mordido até a morte. O dono dos animais, por sua vez, não tentou poupar a vida do animal e nem tentou cessar o ato instintivo dos cachorros, ficando apenas observando.
PROFESSOR SOLTO
Francisco José ganhou a liberdade após passar por audiência de custódia no Fórum local, na noite desta quinta-feira (13), data em que o educador completou 53 anos.
Francisco alegou que o gato morreu após sofrer um choque na cerca elétrica da residência para onde tentou fugir, sendo posteriormente atacado por seus cães. Além disso, ele disse que não conseguiu reagir devido a um problema neurológico e que não se reconhece nas imagens divulgadas. A defesa argumentou que Francisco sofre de Transtorno Afetivo Bipolar, doença mental que provoca alterações extremas de humor e que o Educador Físico faz uso de medicação controlada, atestado por laudo médico.
Após as alegações, o juiz Vagner Dupim Dias concedeu liberdade provisória a Francisco, mediante a aplicação de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, pagamento de fiança de R$ 10 mil, proibição de se ausentar do município e de manter animais domésticos e/ou silvestres sob sua tutela.
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