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POLÍTICA Quarta-feira, 18 de Agosto de 2021, 08:35 - A | A

18 de Agosto de 2021, 08h:35 - A | A

POLÍTICA / OPERAÇÃO TERRA ENVENENADA

Câmara arquiva investigação contra vereador alvo da PF por contrabando de agrotóxicos

Thays Amorim
Única News



A Câmara Municipal de Sinop (a 500 km de Cuiabá) concluiu que não existem provas para abrir uma investigação contra o vereador Toninho Bernardes (PL), alvo da Polícia Federal (PF) por contrabandear agrotóxicos. O relatório da Corregedoria foi concluído em três dias.

O vereador Mário Sugizaki (Podemos), responsável pelo caso, declarou que não existe indícios do crime para abrir uma investigação contra Toninho. "Não temos materialidade para instaurar uma comissão disciplinar. Então, seguimos o que temos e meu parecer final foi pelo arquivamento desse processo", argumentou.

Toninho chegou a ser preso pela PF no dia 04 de agosto, no âmbito da 2ª fase da Operação Tera Envenenada, com o objetivo de combater o ingresso, transporte e comercialização de agrotóxicos importados ilegalmente. Entretanto, ele acabou sendo solto na manhã do dia 06 de agosto, pelo juiz federal Jefferson Schneider.

As investigações apontam que Toninho seria o distribuidor local. “Ele recebia os produtos contrabandeados e fazia a comercialização”, disse o delegado da Polícia Federal, Rodrigo Martins. Entretanto, o parlamentar nega que esteja envolvido no esquema.

LEIA MAIS: Vereador nega que esteja envolvido com contrabando de agrotóxico

Ainda segundo o delegado, o valor movimentado pela organização criminosa é estimado em “centenas de milhares de reais”. O valor ainda está sendo apurado pela PF.

A Operação

Ao todo, foram expedidos 15 mandados de Busca e Apreensão e 10 mandados de Prisão, expedidos pela Justiça Federal que foram cumpridos nas cidades de Sinop, Sorriso, Feliz Natal, no Estado de Mato Grosso, além de São Paulo (SP), Campo Grande (MS) e Terra Roxa (PR).

A investigação originou-se da análise do material e depoimentos colhidos na primeira fase da operação, quando foi desmantelada organização criminosa e apreendida mais de uma tonelada de agroquímicos contrabandeados ou adulterados.

Desde essa etapa inicial, a Polícia Federal intensificou as investigações e identificou grandes grupos de fornecedores regionais e nacionais, cujos líderes e integrantes foram presos nesta data. Foram apreendidos documentos e materiais de interesse para investigação, agrotóxicos, além de armas irregulares.

Os investigados responderão por comercialização e transporte de agroquímicos de uso proscrito (artigo 15 da Lei n° 7.802/89), constituição de organização criminosa (artigo 2° da Lei n° 12.850/2013), lavagem de dinheiro e outros crimes que vierem a ser descobertos. As penas variam de 2 (dois) a 10 (dez) anos de reclusão.

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