Fred Moraes
Única News
Com 19 votos favoráveis, os vereadores da Câmara Municipal de Cuiabá aprovaram o relatório final da Comissão Processante, que pediu a cassação do mandato da vereadora Edna Sampaio (PT), acusada de quebra de decoro pelo uso ilegal das Verbas Indenizatórias de sua ex-chefe de Gabinete, Laura Abreu, no ano de 2022, em esquema de "rachadinha".
Foram 19 votos pela cassação, cinco ausências - da própria Edna Sampaio, Dídimo Vovô (PSB), Marcrean Santos (MDB), Paulo Henrique (MDB) e Mário Nadaf (PV); e apenas um voto contra a cassação, do vereador Renivaldo Nascimento, que não quis justificar a escolha.
Durante debates sobre o parecer da Comissão, diversos vereadores, a grande maioria da oposição do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), subiram na tribuna para comemorar a votação na Casa de Leis.
“Só vota a favor da vereadora, quem aprova a rachada ou interinhas da vereadora. Ficou comprovado que Edna fez o uso ilegal das verbas indenizatórias de sua ex-chefe de gabinete, que foi demitida grávida pela vereadora”, disse o vereador Dilemário Alencar.
Maysa Leão também subiu na tribuna e comentou que todo vereador, assim que assume seu cargo, precisa se lembrar dos princípios da legalidade. Ela afirma que, por sua convicção, jamais passaria “mão na cabeça da colega”.
“Quando você entra para a política, você precisa se lembrar todos os dias o que são princípios éticos e valores morais. Precisa se lembrar o que é legalidade, meus pais e filhos jamais se envergonharão de mim. Jamais passarei a mão na cabeça de vereador”, afirmou Maysa.
A investigação que cassou o mandato da parlamentar é fruto de dois pedidos de abertura de comissão processante. São assinados por munícipes, que usaram como fator de investigação as acusações de "rachadinha" divulgados em uma matéria jornalística no ano passado.
Edna Sampaio não apresentou nenhuma defesa dentro da comissão, como havia antecipado à imprensa. Conforme a vereadora, a comissão sequer entregou para seus advogados um relatório completo, informando sobre as acusações e quais ritos foram seguidos pelo grupo de investigação composto pelos vereadores: Sargento Vidal (MDB), Eduardo Magalhães (Republicanos) e Cezinha Nascimento (União Brasil).
Antes da votação acontecer, o presidente da Casa, Chico 2000, abriu mais 15 minutos para que a petista apresentasse defesa junto à sua bancada jurídica. Porém, mais uma vez, ela ignorou.
Esta é a segunda cassação enfrentada por Edna em seu primeiro mandato. No ano passado, a Câmara instaurou um processo na Comissão de Ética da Casa para apurar as supostas práticas de "rachadinha" orquestrada em seu gabinete com verbas que seriam de direito da ex-chefe do gabinete, Laura Natasha, no valor de R$ 5 mil. Na época, a petista perdeu o mandato, mas foi reconduzida após liminar judicial.
VEJA CADA VOTO
Adevair Cabral (SD) - SIM
Cezinha Nascimento (União Brasil)- SIM
Chico 2000 (PL) - SIM
Demilson Nogueira (PP) - SIM
Dídimo Vovô (PSB) - AUSENTE
Dilemário Alencar (União Brasil) - SIM
Doutor Luis Fernando (União Brasil) - SIM
Edna Sampaio - AUSENTE
Eduardo Magalhães (Republicanos) - SIM
Fellipe Correa (PL) - SIM
Jefferson Siqueira (PSD) - SIM
Kássio Coelho (Podemos) - SIM
Lilo Pinheiro (PP) - SIM
Marcrean Santos (MDB) - AUSENTE
Marcus Brito (PV) - SIM
Maysa Leão (Republicanos) - SIM
Michelle Alencar (União Brasil) - SIM
Paulo Henrique (MDB)- AUSENTE
Professor Mario Nadaf (PV) - AUSENTE
Renivaldo Nascimento (PSDB) - NÃO
Rodrigo de Arruda e Sá (PSDB) - SIM
Rogério Varanda (PSDB) - SIM
Sargento Joelson (PSB) - SIM
Sargento Vidal (MDB) - SIM
Wilson Kero Kero (PMB) - SIM
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