03 de Julho de 2025
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POLÍTICA Quarta-feira, 03 de Abril de 2019, 11:07 - A | A

03 de Abril de 2019, 11h:07 - A | A

POLÍTICA / GRAMPOLÂNDIA PANTANEIRA

Juiz retira cautelares e devolve cargos a militares envolvidos em escutas ilegais

Euziany Teodoro
Única News



O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, decidiu, na última segunda-feira (01), retirar a maioria das medidas cautelares impostas aos envolvidos, militares ou não, em uma tentativa de grampear o desembargador Orlando Perri, na época responsável pelo julgamento do esquema de escutas telefônicas ilegais, que ficou conhecido como a “Grampolândia Pantaneira”. O esquema foi desbaratado pela Operação Esdras, em 2017.

Foram beneficiados os ex-secretários de Estado, Paulo Taques, da Casa Civil, e Rogers Jarbas, ex-secretário de Segurança Pública, o ex-chefe da Casa Militar, Evandro Lesco; a esposa de Lesco, Hellen Lesco; o tenente-coronel da PM, Michel Ferronato; o ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira; o cabo Gérson Correa Júnior e o sargento da PM João Ricardo Soller.

O juiz reintegrou aqueles que, por concurso público, são servidores do Estado, como é o caso de todos os militares, inclusive de Rogers Jarbas, da Polícia Civil.

Como o Ministério Público apontou, “No tocante à revogação da medida cautelar de afastamento das funções públicas, justifica-se diante do grande lapso temporal, desde a ocorrência dos fatos, sendo certo que desde sua imposição os vencimentos dos investigados recaem às expensas do Poder Público, sem a necessária contraprestação em forma do efetivo cumprimento do serviço”.

Ou seja, mesmo afastados, os militares continuam a receber seus proventos, o que justifica a volta aos cargos públicos.

Segundo o juiz, as cautelares podem ser derrubadas devido ao fim do governo de Pedro Taques (PSDB), também investigado no caso, e troca dos comandos militares com o governo Mauro Mendes.

Quanto à cautelar de que os envolvidos não podem se comunicar entre si, o juiz argumenta: (...) tenho que fazem três meses que o Governo de Pedro Taques se encerrou e, consequentemente, houve mudanças nos comandos, desde o mais alto escalão até o mais baixo. Houve mudanças, não se justificando mais tal medida”.

Além disso, ele afirma que a justiça não pode fiscalizar a comunicação dos envolvidos por 24 horas ao dia.

Na decisão, o juiz Jorge Tadeu manteve apenas duas medidas cautelares: o comparecimento bimestral em juízo e o comparecimento em todos os atos processuais do caso, incluindo as audiências de instrução.

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